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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

CEFALÉLIA E DOR FACIAL





CEFALÉIA E DOR FACIAL

O que é?

Cefaléia, ou “dor de cabeça” como popularmente é conhecida, constitui problema freqüente na população em geral, sendo uma das causas mais comuns de busca de atendimento médico. Ela pode ocorrer isoladamente como manifestações de um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca (cefaléias primárias) , ou pode fazer parte de uma doença em desenvolvimento, como infecções, neoplasia cerebral ou sangramentos intracranianos (cefaléias secundárias).

Estima-se que cerca de 90% da população mundial já apresentou ou irá apresentar um episódio de cefaléia ao longo da vida. Assim, é necessária uma avaliação completa e sistemática das dores de cabeça, de preferência por um médico cefaliatra (neurologistas especializados no tratamento das dores de cabeça )

Como se desenvolve e quais as possíveis causas?

As cefaléias primárias não apresentam uma causa especifica, podendo a mesma ser de natureza multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaléias secundárias, que apresentam uma causa patológica evidente. As dores de cabeça podem se manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico.

As cefaléias de início agudo ou súbito geralmente constituem manifestação de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnóide ou de outras doenças cerebovasculares ou infecciosas (meningites / encefalites). Todavia, elas também podem ocorrer após punção lombar (procedimento médico especializado para diagnóstico de enfermidades neurológicas) ou mesmo durante manobras fisiológicas que possam aumentar a pressão intrabdominal e conseqüentemente a intracraniana, como exercícios físicos intensos e relações sexuais.

Àquelas de manifestação subaguda, podem ser resultantes de enfermidades inflamatórias do tecido conjuntivo, como artrite de células gigantes, ou mesmo de processos tumorais intracranianos (tumores, abscessos cerebrais, metástases cerebrais, hematomas subdurais), além de hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral), neuralgia do trigêmio/ glossofaríngeo e crise hipertensiva.

As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas, cefaléias tensionais e cefaléias em salvas.

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na compreensão da fisiopatologia das dores de cabeça, na obtenção de uma história clínica e realização de um exame físico e neurológico cuidadoso e completos, afim de formular um diagnóstico diferencial. Dependendo do caso, geralmente naquelas de caráter secundário, pode ser necessário exames subsidiários, como estudo radiológico funcional da coluna, tomografia e/ou ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma , exames laboratorias com análise do líquor e sangue ,além de biópsia de artéria temporal , afim de melhor estabelecer o diagnóstico. Todavia, o diagnóstico das cefaléias e dores faciais é eminentemente clínico.

Características Gerais das Cefaléias e Dores Faciais

O reconhecimento de fatores precipitantes pode ajudar no estabelecimento do diagnóstico da cefaléia, um exemplo bem típico é o desencadeamento instantâneo de crises de cefaléia em salvas após ingesta de álcool, ou àquelas desencadeadas por consumo de queijos, vinhos (enxaqueca).

Algumas cefaléias podem ser acompanhadas de sintomas que antecedem a dor propriamente dita, como alterações visuais de curta duração (aura visual), pontos luminosos na visão (escotomas cintilantes) , irritação, astenia, falta de apetite e depressão.

A dor pode ser de característica pulsátil, latejante, pressão, aperto, fincadas, ardência, lancinante, além de fraca, moderada, intensa, constante ou em salvas. Também pode ser unilateral, bilateral, holocraniana (toda cabeça), frontal, retrocular, occiptal ou mesmo seguindo o padrão de distribuição das divisões do nervo trigêmio na face.

As dores de cabeça também podem se manifestar associadas à sintomatologia autômica (náuseas, vômitos, hiperemia ocular, lacrimejamento, obstrução nasal, sensibilidade à luz e ao som) ou mesmo sistêmica, como perda de peso recente, febre, mal estar, cansaço e inapetência, por exemplo.

Como se trata?

O tratamento das cefaléias e dores faciais dependerá do diagnóstico e das causas de base estabelecidos. Ele pode ser apenas de natureza medicamentosa, porém há casos mais graves , como nas hemorragias intracranianas ou mesmo meningites/encefalites, que há necessidade de internação hospitalar, com passagem por unidades de tratamento cirúrgico e mesmo procedimentos neurocirúrgicos. Os medicamentos utilizados podem ser: analgésicos comuns, relaxantes musculares (benzodiazepínicos, baclofeno), anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, gabapentina, topiramato, divalproato de sódio) , drogas específicas para tratamento de enxaqueca (ergotamínicos e triptanos).

domingo, 26 de agosto de 2007

BRONQUITE CRÔNICA


BRONQUITE CRÔNICA

Sinônimos:

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, DPOC.

O que é?

Esta doença é definida quando há presença de tosse com muco (catarro) na maioria dos dias do mês, em 3 meses do ano, por dois anos sucessivos, sem outra doença que explique a tosse. Quase todos os casos da doença ocorrem pelo efeito nocivo do fumo nos pulmões por vários anos, o que determina uma inflamação da mucosa dos brônquios (tubos que espalham o ar dentro dos pulmões). A bronquite crônica pode preceder ou acompanhar o enfisema. Ela afeta pessoas de todas as idades, mas, geralmente, aquelas com mais de 45 anos.

Como se desenvolve?

A bronquite crônica surge, na maioria dos casos, após 20 a 30 anos de exposição das vias aéreas (brônquios) a irritantes como o fumo, poluição do ar e outras fontes.

Estes fazem com que ocorram modificações na mucosa dos brônquios. A mucosa é o revestimento interno destes tubos que dão passagem ao ar.

Na bronquite crônica , ocorre uma hipertrofia (aumento) nas glândulas que fazem o muco e uma inflamação nos bronquíolos (brônquios de diminuto diâmetro) que limita o fluxo de ar. Quando há uma piora na inflamação – como nas infecções dos brônquios por bactérias – a produção de muco aumenta consideravelmente.

Atualmente, usamos mais o termo doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) quando nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar, pois elas, geralmente, coexistem no mesmo doente e apresentam obstrução ao fluxo de ar.

Todas estas alterações determinam os sintomas e sinais da doença.

O que se sente?

tosse;
expectoração de muco (catarro);
encurtamento da respiração (falta de ar);
febre pode ocorrer quando a pessoa com bronquite crônica estiver com uma infecção respiratória associada;
chiado no peito (sibilância) pode ocorrer nas exacerbações (crises) da doença;
cianose - coloração azulada da pele, mais comumente visualizada na face e nas mãos;
inchaço nos pés e nas pernas pode ocorrer pela piora nas condições de trabalho do coração, em decorrência de uma bronquite muito grave.

Como o médico faz o diagnóstico?

Os dados referidos pelo paciente são os mais importantes para o diagnóstico da doença.

O relato de tabagismo de longa data, associado à tosse crônica com produção de muco, torna o diagnóstico muito provável.

O exame físico também poderá ajudar.

Além disso, o médico poderá solicitar uma radiografia do tórax que costuma demonstrar alterações compatíveis com a bronquite crônica, além de excluir outras doenças.

Exames de sangue podem auxiliar no diagnóstico da doença, além de também poder indicar a sua gravidade. A espirometria também pode fazer isso. Ela mostrará como está a capacidade pulmonar e os fluxos de ar do indivíduo. Para se fazer este exame se realiza a seguinte manobra: com a boca conectada ao tubo do aparelho, o paciente enche totalmente os pulmões de ar e depois assopra vigorosamente até esvaziar os pulmões. É o exame mais importante, pois naquela pessoa que fuma há vários anos e não nota nenhuma alteração no seu dia-a-dia e possui uma radiografia normal (ou praticamente normal), a espirometria pode acusar uma diminuição no fluxo de ar. Com isso, pode-se evitar o surgimento de casos da doença, se o indivíduo abandonar o fumo quando ficar constatado no exame a perda de função pulmonar em curso.

Como se trata?

Uma medida importante para iniciar o tratamento é eliminar os irritantes, como o fumo ou poeiras tóxicas inaladas.

Parar de fumar para aquelas pessoas com uma bronquite crônica bem estabelecida, não fará com que a doença melhore, mas, certamente, ajudará a desacelerar sua progressão.

Alguns pacientes podem beneficiar-se com o tratamento com corticóides, que são medicamentos utilizados na tentativa de controlar a inflamação crônica dos brônquios e, assim, minimizar os sintomas da doença.

Outra classe de medicação importante são os broncodilatadores. Eles podem melhorar o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, turbohaler (dispositivo semelhante às bombinhas que dispensa uma boa coordenação motora do usuário), nebulímetros, cápsulas para a inalação, comprimidos ou xaropes. Os nebulímetros são os sprays (bombinhas) e têm a vantagem de poderem ser utilizados tanto em casa quanto fora, além de apresentarem menor freqüência de efeitos indesejáveis. São também mais práticos, pois os pacientes podem carregá-los na bolsa ou no bolso.

A maioria das pessoas poderá se beneficiar com os exercícios da terapia de reabilitação, que fazem com que os pacientes sejam capazes de utilizar a sua energia mais eficientemente ou de uma forma em que haja menor gasto de oxigênio.

A oxigenoterapia (uso de oxigênio em casa), quando necessária, também poderá melhorar os sintomas dos doentes, além de aumentar a expectativa de vida.

Além disso, o grande número de antibióticos disponíveis ajudam muito nos casos de exacerbação da doença, quando resultam de uma infecção nos brônquios.

Como se previne?

Entre 80% e 90% dos casos de bronquite crônica, resultam do tabagismo.

Assim, a principal medida preventiva é não fumar. O médico deverá oferecer ao seu paciente auxílio neste sentido, podendo ou não usar medicações auxiliares. A reposição de nicotina seja por gomas, adesivos ou outros recursos podem ser utilizados.

Há também a bupropiona, um medicamento que vem sendo utilizado com sucesso, que tem o efeito de diminuir os sintomas de abstinência ao fumo.

Na bronquite crônica, é importante a vacinação anual contra o vírus causador da gripe, uma vez que esta pode piorar a doença. Com este mesmo objetivo, está indicado também o uso da vacina contra o pneumococo, que é a principal bactéria causadora de infecções respiratórias, entre elas, a pneumonia. Deve ser feita uma única vez e, em casos isolados, poderá ser repetida depois de cinco anos.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Qual é a causa do pigarro na bronquite crônica?

Qual a importância da realização da espirometria para a pessoa com bronquite crônica?

Com que freqüência devemos realizar uma radiografia do tórax?

Quando deve ser empregado o oxigênio domiciliar?

Quando deve ser iniciada a chamada reabilitação pulmonar?

As injeções mensais de corticóide podem ajudar no tratamento?

terça-feira, 21 de agosto de 2007

LARINGITE






Laringite

O que é laringite?

A laringite é a inflamação do laringe (onde estão as cordas vocais) e as áreas próximas. É um sintoma que ocorre no resfriado, bronquite, pneumonia, e outras infecções respiratórias.

Há duas formas de laringite: aguda e crônica. A laringite aguda acontece de repente e não dura muito tempo. A laringite é chamada crônica quando a rouquidão dura um longo período.

Como ela ocorre?

A laringite aguda é geralmente causada por um vírus mas pode resultar de uma infecção bacteriana. A laringite crônica pode ser causada por tabagismo (intenso), uso intenso da voz (falando ou cantando muito alto), tosse violenta, ou exposição a substâncias irritantes.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da laringite aguda ou crônica incluem:

  • rouquidão, voz em tom grave e "arranhada"
  • tosse seca (sem muco)
  • chiados
  • sensação de garganta seca
  • pouca ou nenhuma dor
  • a voz vai ficando fraca à medida que o dia progride.

Como é diagnosticada?

O médico ouvirá seus sintomas e vai examiná-lo. Se necessário, um especialista examinará visualmente suas cordas vocais e áreas próximas com um laringoscópio (um instrumento com uma iluminação e um espelho aquecido; às vezes poderá usar um tubo flexível). Seu médico também examinará sua tireóide (uma glândula situada perto das cordas vocais) e os gânglios de seu pescoço, e a qualidade de sua voz. Alguns exames laboratoriais e raios-x podem ser solicitados.

Como é tratada?

Se você fuma, seu médico lhe dirá para parar imediatamente. Ele também lhe pedirá que descanse sua voz o máximo possível, e que use um analgésico, se necessário. Além disso, ele poderá prescrever um "spray" de corticóide e, eventualmente, ar umidificado.

Quanto tempo duram os sintomas?

Quando a laringite aguda é causada por um virus, ela geralmente desaparece sem tratamento.

Se você tem laringite crônica, seu problema deve melhorar com uma semana de repouso. Se você tem nódulos na garganta, poderá precisar de cirurgia. Uma rouquidão que dura mais de 3 semanas precisa ser bem avaliada medicamente para eliminar a possibilidade de outras doenças.

Como posso me cuidar?

Siga o tratamento prescrito pelo seu médico. Além disso, você pode:

  • Evitar respirar fumaças, poeiras ou vapores irritantes.
  • Repousar ou diminuir suas atividades.
  • Dormir o máximo possível.
  • Repousar sua voz o máximo possível.
  • Beber bastante líquido (água, sucos, chá).
  • Tomar banho de chuveiro com água quente (que faça vapor), respirando o vapor. Ou então respirar através de uma toalha umedecida em água quente.
  • Usar umidificador, caso possível.
  • Parar de fumar.

O que posso fazer para não ter uma laringite?

Permanecer saudável e repousar normalmente pode ajudá-lo a diminuir as condições que predispõem a uma laringite. Também:

  • Parar de fumar e evitar a exposição à fumaça de outros fumantes.
  • Evitar locais de ar seco.
  • Beber bastante líquido não gelado.
  • Evitar abuso das cordas vocais: não berrar, não gritar, não falar alto (principalmente em locais barulhentos).

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

PNEUMONIA









Pneumonia e



Broncopneumonia




CONCEITO


Pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar, ou seja, da parte distal dos pulmões (vias aéreas terminais, alvéolos e interstício).

Este processo se instala quando um micro-organismo alcança o pulmão e a pessoa apresenta diminuição dos seus mecanismos de defesa. O agente causal pode ser bactéria, vírus, fungo, protozoário, helminto, fenômenos tromboembólicos, imuno-alérgicos, obstrutivos broncopulmonares e outros.

É importante determinar, quando se diagnostica pneumonia, se a pessoa tem mais de 60 anos e/ou se apresenta outra doença debilitante já existente, que permitirá definir sua gravidade, e se o tratamento deve ser realizado em casa ou internado no hospital.

Broncopneumonia é outro termo usado para definir o aspecto radiográfico da pneumonia (de várias imagens nodulares em um ou ambos pulmões, diferente do aspecto clássico da pneumonia, que é uma opacidade mais ou menos homogênea e localizada em um lobo ou segmento pulmonar, quando examinada uma radiografia dos pulmões).

Sintomas


Os sinais e sintomas de uma pneumonia bacteriana variam amplamente em relação a vários fatores, principalmente a natureza do agente causal e o estado prévio de saúde do paciente.

Quando a pessoa é previamente saudável, sem outros problemas de saúde, geralmente inicia sua pneumonia com breves sintomas em vias aéreas superiores (coriza, dor de garganta e espirros), seguidos de calafrios e febre, dor torácica e tosse, às vezes com hemoptise. O exame clínico do médico, uma radiografia de tórax e alguns poucos exames de laboratório geralmente confirmam com facilidade o diagnóstico de pneumonia.

Porém, no outro extremo, um paciente idoso, com doenças prévias já existentes (cardiológicas, diabetes mellitus, desnutrição, câncer etc.) pode ter uma aparência decaída, desorientada, e seus exames clínico, radiológico e de laboratório, também em forma pouco definida, levam ao diagnóstico de pneumonia.

Tratamento

A maioria dos pacientes com pneumonia poderá ser tratada em seu domicílio.

Exige-se hospitalização de pacientes em estado grave que precisam de cuidados especiais e medicação endovenosa, de portadores de outras doenças debilitantes e daqueles cujas condições domiciliares não permitem o tratamento adequado.

O repouso no leito é importante. A dieta é livre, aumentando a ingestão de líquidos, calorias e proteínas.

A medicação, principalmente antibiótica, deve ser prescrita pelo médico responsável de acordo com o quadro clínico, radiológico e dos exames de laboratório.

Às vezes, há necessidade de oxigenioterapia e eventualmente atendimento em UTI.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

MENIGITE






Meningite

O que �

� uma inflama��o das membranas que recobrem e protegem o sistema nervoso central - as meninges. A meningite pode ser de origem viral, adquirida depois de alguma gripe ou outra doen�a causada por v�rus, ou de origem bacteriana, normalmente mais branda.

Existem v�rias bact�rias que podem ocasionar a meningite. Uma forma contagiosa da doen�a � a causada pelo meningococo que transmite a doen�a pelo ar. Outra forma de cont�gio � o contato com a saliva de um doente.
A bact�ria entra no organismo pelo nariz e aloja-se no interior da garganta. Em seguida vai para a corrente sang�inea

Pode ocorrer dois caminhos: c�rebro ou difus�o pelo corpo (bacteremia), causando uma infec��o generalizada conhecida como septicemia.

  1. Dura - M�ter
    Camada mais externa, que na maioria dos casos n�o � atingida pela meningite.

  2. Aracn�ide
    Camada intermedi�ria cujo nome vem das travessas finas que lembram a teia de aranha.

  3. Pia - M�ter
    Camada interna, que adere ao enc�falo e acompanha todo seu relevo

Sintomas
Em beb�s de at� um m�s:
irritabilidade, choro em excesso, febre, sonol�ncia e moleira fica estufada, como se houvesse um galo na cabe�a da crian�a;

acima desta idade:
a crian�a ainda tem dificuldades de movimentar a cabe�a;

a partir dos cinco anos:
febre, rigidez da nuca, dor de cabe�a e v�mitos em jato.


As meningites:

As meninges s�o membranas que recobrem o c�rebro e a coluna vertebral. As meningites s�o infec��es que acometem estas membranas. V�rios s�o os agentes etiol�gicos: Bact�rias, v�rus, fungos e parasitas.

O que ocorre: Quando as meninges s�o atacadas por um microorganismo o corpo reage com suporte de leuc�citos (c�lulas de defesa) para a regi�o das meninges, l� a rea��o entre as c�lulas de defesa e o agente infeccioso causa uma rea��o inflamat�ria.

Esta rea��o inflamat�ria � caracter�stica pelo aumento do n�mero de leuc�citos e forma��o de anticorpos contra aqueles agentes. E � demonstrada atrav�s do l�quor cefalorraquidermo que obtemos atrav�s da fun��o lombar.

Como fica o l�quor: O n�mero de leuc�citos aumenta, a rea��o de defesa faz aumentar a concentra��o de prote�nas e a diminuir a de glicose (a��car consumido pelas c�lulas). Podemos ver os agentes causadores atrav�s da Bacterioscopia. E, h� a possibilidade de captarmos os anticorpos atrav�s de v�rias rea��es espec�ficas (Pandy, Contra imunoeletroporese e rea��o de ant�genos bacterianos) inclusive com a possibilidade do diagn�stico etiol�gico.

Quais os sintomas: febre alta e persistente, dor de cabe�a, v�mitos em jato rigidez de nuca s�o os sintomas principais em crian�as acima de um ano de idade. Em crian�as abaixo de um ano e com a moleira aberta, o aboulamento desta � um excelente sinal.

Em rec�m-nascidos a suspeita diagn�stica torna-se mais dif�cil, em geral, choro irritado, hipoatividade, hipo ou hipertemia e gem�ncia devem chamar a aten��o para um poss�vel diagn�stico.

A suspeita diagn�stica deve ser feita o mais precoce o poss�vel e a fun��o lombar deve ser feita assim que indicada.

T�o importante quanto o diagn�stico da meningite (doen�a), ter o conhecimento do agente etmol�gico (Homophlus influenzae, Naesseria Meningitidis, Esteptococos pneumoniae entre outros) � muito importante pois atrav�s do seu encontro poderemos determinar o antibi�tico adequado, tempo de tratamento (que vai de dez a vinte e um dias) e a possibilidade da evolu��o com complica��es ou n�o e, assim estar um passo a frente da doen�a.

A certeza de qual o agente causador � dada pela cultura do l�quor, que apesar de demorada � positiva em m�dia em 50% dos casos aqui no Brasil.

Assim � muito importante n�o iniciar o uso de um antibi�tico (atrav�s de auto-medica��o) ou indicada sem certeza diagn�stica dado por pessoa habilitada, pois apenas atrasa o diagn�stico da meningite e torna imposs�vel o conhecimento do agente etiol�gico.

Apesar das importantes melhorias no diagn�stico (atualmente mais precoce) e no tratamento (baixa resist�ncia dos micro-organismos aos antibi�ticos usados), a meningite ainda se mant�m como uma das patologias mais preocupantes em nosso meio, isto porque � bem conhecida a frase "Quando n�o mata aleija". Isto em parte ainda � verdade, pois as sequelas ainda ocorrem, e v�o desde leves dificuldades escolares at� a paralisia cerebral, passando por v�rias formas de defeitos f�sicos e intelectuais, inclu�ndo a surdez parcial ou completa.

Em conclus�o: A meningite, doen�a importante em nosso meio, tem atualmente r�pido diagn�stico e tratamento eficaz. Desde que haja precocidade na investiga��o e esta n�o seja atrasada pelo uso inadequado de antibi�ticos.

domingo, 12 de agosto de 2007

Boa higiene do sono

Veja o que os médicos consideram uma boa higiene de sono:

1. Mantenha um horário regular para adormecer e acordar, todo santo dia.
2. Vá para a cama somente na hora de dormir. Nada de ler, falar ao telefone ou comer entre os lençóis.
3. Cuide para que o ambiente seja agradável: deixe o quarto escuro e silencioso. Se possível, regule a temperatura.
4. Escolha um colchão adequado, nem rígido nem macio demais. Lembre-se que em nenhum outro momento do dia você fica tantas horas na mesma posição.
5. Fuja do café e de outros estimulantes como o chá preto, o mate e alguns refrigerantes, além do cigarro.
6. Nada de ficar planejando as tarefas do dia seguinte nem resolvendo problemas na hora de dormir.
7. Não se engane como o aparente efeito relaxante do álcool: ele é garantia de noites turbulentas.
8. Não faça exercícios à noite, pois eles acendem o organismo.
9. Não se empanturre no jantar nem coma perto da hora de deitar. A digestão praticamente pára enquanto dormimos.
10. Faça atividades relaxantes após essa refeição.
11. Não assista TV no quarto. Ela é uma fonte enorme de estímulos capazes de deixar a pessoa mais alerta.

Distúrbios do sono
Estes são os mais comuns, que podem ser detectados num exame chamado polissonografia (exame que esquadrinha a pessoa enquanto dorme. Durante a noite inteira, 22 sensores espalhados pelo corpo do paciente enviam informações sobre estágios do sono, movimentos do corpo, oxigenação do sangue, freqüência cardíaca, fala, entre outros. Esses dados podem flagrar 87 distúrbios do sono).
• Apnéia - são paradas na respiração durante o sono. A pessoa tem muitos despertares, mas às vezes nem lembra deles. Acorda cansada e vive sonolenta. É mais comum em homens obesos e roncadores.
• Narcolepsia - a vítima pode ter surtos de sono e simplesmente adormece no meio de alguma tarefa. O tratamento é feito com remédios e mudanças de hábitos, como cochilar em alguns momentos durante o dia.
• Síndrome das Pernas Inquietas - o indivíduo sente uma necessidade incontrolável de mexer as pernas durante o sono. Tem gente que chega a fazer mais de 50 movimentos por hora - e, por isso, acaba acordando várias vezes. Remédios e atividade física costumam resolver esse distúrbio.
• Bruxismo - o ranger dos dentes à noite ainda não tem causa bem definida. Atualmente, a melhor forma de controlar o problema é com um aparelho de resina que protege os dentes.
• Sonambulismo - mais freqüente em crianças, é aquele quadro típico em que a pessoa anda e fala enquanto dorme. Normalmente desaparece com o crescimento.

Tratamento

Para voltar a dormir com os anjos, além de afastar as causas da insônia, é preciso mudar certos hábitos - o que os especialistas chamam de uma boa higiene de sono. Nos casos crônicos, o médico também pode indicar terapias para ensinar a relaxar e, às vezes, remédios. Mas atenção: nada de sair por aí engolindo pílulas por conta própria. As drogas devem ser usadas com muitíssima cautela porque provocam dependência e tolerância. Em pouco tempo o corpo acaba pedindo doses cada vez maiores para produzir o mesmo efeito. E não se esqueça: eles não tratam a causa do problema.