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segunda-feira, 29 de outubro de 2007










Urticária
O que é?
É um quadro frequente, cuja característica principal é o surgimento de placas elevadas e avermelhadas na pele, acompanhadas de muita coceira. Entre os fatores desencadeantes mais envolvidos estão os medicamentos, alimentos, substâncias inaladas (perfumes, poeira, inseticidas, desodorantes...), infecções e agentes físicos (frio, calor ou pressão). Pode ocorrer em qualquer idade.
Os fatores desencadeantes ativam os mastócitos (um tipo especial de célula presente em nossa pele), que liberam substâncias químicas responsáveis pelos sintomas. A principal destas substâncias é a histamina.
Manifestações clínicas
A urticária pode ser aguda, quando as lesões desaparecem após alguns dias, ou crônica, quando persistem por várias semanas.
Na urticária aguda, geralmente o quadro é mais intenso. As lesões variam desde pequenos pontos avermelhados a placas maiores, avermelhadas e edemaciadas (inchadas), que podem se juntar atingindo grandes áreas. As lesões tendem a ter duração curta, desaparecendo e surgindo novamente em outros locais. Toda a superfície da pele pode ser atingida e o prurido (coceira) geralmente é muito forte.
Existe um tipo de urticária que se manifesta de forma muito intensa, o edema de Quincke, cuja principal característica é o inchaço. Manifesta-se frequentemente na face, com grande edema (inchaço) de lábios e pálpebras. Esta forma pode ser perigosa se o edema atingir a laringe, dificultando a respiração e levando à asfixia.
Na urticária crônica, o quadro é menos intenso, mas de longa duração. As lesões tendem a ser menores e podem existir continuamente ou desaparecer por um período para reaparecer posteriormente.
Formas específicas de urticária que vale a pena citar são:
dermografismo, quando forma-se uma placa de urticária linear após friccionar-se a pele com objeto pontiagudo
urticária por pressão, que forma lesões em áreas da pele que sofrem pressão contínua (área do sutiã ou do elástico das calças)
urticária por frio, quando surgem lesões após exposição ao frio (banhos de mar ou piscina com água gelada).
Tratamento
O tratamento da urticária visa inicialmente combater os sintomas provocados pela ação da histamina, e portanto, os anti-histamínicos são os medicamentos indicados. Produtos de uso local, como loções calmantes com mentol e cânfora, ajudam a aliviar a coceira.
No caso do edema de Quincke, a medicação deve ser iniciada com urgência e pode ser necessário o uso de corticosteróides de ação rápida, além dos anti-histamínicos, para evitar o edema da laringe.
No caso das urticárias crônicas, além da medicação sintomática, é importante descobrir o que está causando a urticária. Entretanto, muitas vezes, a causa permanece desconhecida. Vale ressaltar que até fenômenos emocionais podem desencadear ou prolongar a doença. O médico dermatologista é o profissional indicado para o tratamento das urticárias.

domingo, 28 de outubro de 2007

HEPATITE B


HEPATITE B

Sinônimo/nomes populares

Amarelão, derrame de bile

O que é?

É uma inflamação do fígado causada pelo vírus da Hepatite B (HBV).

Como se adquire?

Transfusões de sangue foram a principal via de transmissão da doença, circunstância que se tornou rara com a obrigatória testagem laboratorial dos doadores. Atualmente, o uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem preservativo (camisinha) são as formas mais preocupantes de contaminação na população.

O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença.

Gestantes (grávidas) contaminadas podem transmitir a doença para os bebês, sendo o parto normal ou por cesariana o principal momento de risco, o que pode ser minimizado pelo médico através de tratamento adequado.

O que se sente e como se desenvolve?

Os sintomas são semelhantes aos das hepatites em geral, se iniciando com:

mal-estar generalizado

dores de cabeça e no corpo

cansaço fácil

falta de apetite

febre.

Após, surgem tipicamente

coloração amarelada das mucosas e da pele (icterícia)

coceira no corpo

urina escura (cor de chá escuro ou coca-cola)

fezes claras (cor de massa de vidraceiro).

Ao final de 10 a 15 dias os sintomas gerais diminuem muito, mesmo na vigência da icterícia, que tende a desaparecer em 6 a 8 semanas em média, sugerindo a resolução da doença em mais de 95% das pessoas.

A forma clínica, chamada de fulminante com mortalidade de até 60%, ocorre em menos de 1% dos pacientes que adquirem o vírus. Após a fase aguda, que pode passar desapercebida, 1 a 5% dos adultos não se curam da infecção e ficam com hepatite crônica. Desses, 25 a 40% podem desenvolver cirrose e câncer de fígado ao longo de décadas. Em crianças o risco da doença tornar-se crônica é bem maior, cerca de 90% em recém nascidos e 50% da infância.

O risco de doença crônica com má evolução é maior em quem usa bebida alcoólica, em bebês que adquirem a doença no parto e em pessoas com baixa imunidade (pacientes com AIDS ou pacientes em quimioterapia ou radioterapia, por exemplo).

Como o médico faz o diagnóstico?

Os sintomas não permitem identificar a causa da hepatite. Hepatites em adultos, especialmente se usuários de drogas injetáveis, homossexuais ou pessoas com muitos parceiros sexuais levantam a suspeita de hepatite B.

A confirmação diagnóstica é feita por exames de sangue, onde são detectados anticorpos ou partículas do vírus da hepatite B.

A biópsia hepática (retirada de pequeno fragmento do fígado com uma agulha para análise microscópica) pode ser necessária para avaliar o grau de comprometimento do fígado. Certos casos só são descobertos na fase crônica ou na investigação da causa de cirrose e câncer de fígado de uma pessoa que não sabia ter hepatite.

Como se trata?

A hepatite B aguda não requer tratamento medicamentoso específico. Remédios para náuseas, vômitos e coceira, bem como administração endovenosa de líquidos podem ser usados ocasionalmente.

O repouso no leito não deve ser exigido uma vez que não afeta a evolução para hepatite crônica ou fulminante. A ingestão de álcool em qualquer quantidade é proibida.

O uso de qualquer medicamento deve ser avaliado pelo médico, já que muitos necessitam de um bom funcionamento do fígado para seu desempenho. A forma fulminante da hepatite aguda exige cuidados intensivos em hospital, podendo necessitar de transplante hepático de urgência.

Alguns casos de hepatite crônica necessitam tratamento para evitar a evolução da doença e o risco de desenvolver cirrose e suas complicações. Varias opções de tratamento estão disponíveis para o tratamento, entre elas as mais frequentemente usadas são a Lamivudina e o Interferon (convencional ou peguilado), porém novas opções como o Adefovir, o Tenofovir e o Entecavir já vem sendo usadas na prática clínica com bons resultados.

O tratamento com Interferon para Hepatite B é realizado através de aplicações injetáveis 3 à 7 vezes por semana por tempo limitado (16 à 48 semanas). Já o tratamento com as outras medicações é por via oral (comprimidos), com duração que depende da situação clínica e da resposta ao tratamento. Em certos casos, é indicado o tratamento contínuo que pode durar de um a vários anos.

A decisão sobre iniciar ou não tratamento para hepatite B crônica, e, quando indicado, qual medicação escolher, depende da avaliação criteriosa do especialista, levando em conta o estágio da doença, a atividade da hepatite, a necessidade de outros tratamentos médicos, a presença de outras doenças, a chance de resposta do caso específico, a idade e a motivação do paciente para o tratamento e o uso prévio de outros tratamentos para hepatite B.

Atualmente, a portaria do Ministério da Saúde do Brasil que regulamenta o fornecimento de medicações para Hepatites prevê o fornecimento somente do Interferon e a da Lamivudina para os casos com indicação médica.

Como se previne?

A vacina para hepatite B deve ser feita em todos os recém-nascidos, iniciando o esquema vacinal já no primeiro mês de vida. Adultos não vacinados e que não tiveram a doença também podem fazer a vacina, que está especialmente recomendada a pessoas que cuidam de pacientes, a profissionais da área da saúde, aos portadores do vírus C, alcoolistas e indivíduos com outras doenças hepáticas. Deve-se usar luvas, máscara e óculos de proteção quando houver possibilidade de contato com sangue ou secreções corporais.

Pessoas que tiveram exposição conhecida ao vírus (relação sexual com indivíduo contaminado, acidente com agulha) devem receber uma espécie de soro (gamaglobulina) nos primeiros dias após o contato, o que pode diminuir a chance ou, pelo menos, a intensidade da doença Recém-nascidos de mães com hepatite B devem receber gamaglobulina específica e vacina imediatamente após o parto para diminuir o risco do bebê desenvolver a doença.

ATENÇÃO

Nas relações sexuais, é fundamental uso de preservativo (camisinha). A chance de pegar hepatite B numa relação desprotegida é bem maior do que a de pegar AIDS.

Qualquer forma de relação sexual pode transmitir hepatite B.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Qual o tipo de hepatite que eu tenho?

Como se pega? Há risco para as pessoas que vivem perto de mim?

Quanto tempo vou levar para ficar bom?

Essa doença tem cura ou vou ficar com hepatite crônica?

O tratamento com remédios é necessário?

O remédio funciona em todos?

Quais os efeitos adversos (colaterais) do tratamento?

Há risco de cirrose? E de câncer?

Existe vacina para hepatite? Adiantaria eu ou as pessoas próximas a mim fazerem agora?

domingo, 21 de outubro de 2007

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Síndrome do Túnel do Carpo

O QUE É?

Essa doença é uma forma bastante comum de LER, provocada pela compressão do nervo Mediano, que vem do braço e passa pelo punho, numa região chamada túnel do carpo. Esse nervo é o responsável pela movimentação do dedo polegar, além de promover a sensação nos dedos polegar, indicador e médio na parte da palma das mãos. Devido ao uso excessivo dos dedos e punhos, começa a haver uma inflamação e inchaço das estruturas que passam pelo túnel do carpo, resultando na compressão do nervo mediano. Como resultado, esse nervo passa a ficar mais "fraco", provocando a sensação de formigamento e amortecimento dos dedos das mãos, principalmente dos dedos polegar, indicador e médio. Às vezes, pode dar até a sensação de "choque" sentida nos dedos e indo em direção ao braço. Em geral, os sintomas pioram com o decorrer do dia, principalmente após um dia de trabalho. Alguns pacientes acordam no meio da noite com as mãos amortecidas. Essa doença é comum em mulheres de 30 a 50 anos, e acomete 3 vezes mais o sexo feminino do que o masculino. Normalmente, os sintomas estão presentes nas duas mãos, mas são notados primeiramente na mão dominante.

DIAGNÓSTICO

Para se fazer o diagnóstico da doença é preciso colher os dados de dor nas mãos, a perda de sensibilidade nos dedos, ou formigamento ou mesmo adormecimento dos mesmos. Também é comum o paciente se queixar que não consegue segurar bem as coisas, principalmente fazer o movimento de pinçar. A relação com a profissão tem importância fundamental no diagnóstico. Ao exame físico, um exame de grande importância é a manobra de Phalen, em que se pede para o paciente colocar as mãos em flexão, ou seja, com os dedos voltados para baixo, e unir dorso contra dorso das mãos, durante um minuto. Os cotovelos devem ficar num ângulo de 90 graus e na mesma altura dos punhos. A presença de dor ou sintomas de formigamento ou adormecimento aponta fortemente para o diagnóstico de Síndrome do túnel do carpo. Outro teste é o chamado teste de Tinnel que consiste da compressão do nervo mediano no trajeto dele pelo túnel do carpo. A presença de dor indica a presença da síndrome do túnel do carpo. Caso seja necessário, poderá ser feito um teste para medir a condução do nervo mediano, para ver se está normal ou não. Os exames de raio-X das mãos são importantes para afastar as outras causas de dor nas mãos, como artrites, tumores ou fraturas ósseas.

TRATAMENTO

O tratamento se baseia no uso de antinflamatórios, como o ibuprofeno, para aliviar a dor bem como a inflamação das estruturas envolvidas. Também o uso de munhequeiras ajuda a manter a articulação dos punhos fixa, aliviando assim a dor. O repouso é uma das melhores formas de tratamento e muitas vezes o paciente deve ficar alguns dias sem trabalhar as articulações para haver a diminuição completa da inflamação. Também pode ser administrada a vitamina B6 para melhorar as condições do nervo. Em casos mais severos, poderão ser utilizados corticóides injetados diretamente nas articulações afetadas. Nos casos em que há grande comprometimento do nervo mediano está indicada a cirurgia para a descompressão do mesmo. Essa cirurgia leva a uma melhora dos sintomas em 95% dos casos.

PREVENÇÃO

A medida mais importante é evitar usar as articulações durante muito tempo. Dê umas paradas no serviço para relaxar a musculatura das mãos e dedos. Outro fator importante é a posição em que você está trabalhando. Para aqueles que usam computadores ou máquinas de escrever, é muito importante a posição em que você está sentado. Os pés devem ficar paralelos ao chão, as pernas devem ficar flexionadas no joelho, sendo que a coxa forme um ângulo de 90 graus com as costas. A cadeira deve ser bem confortável e as costas devem estar apoiadas no encosto. Os braços devem ficar na mesma altura do teclado, sendo que as mãos ficam também no mesmo nível, não forçando assim os punhos. Coloque a tela do computador de modo que você fique a uma distância de 40 a 60 centímetros dela e sua visão direta forme um ângulo de 15 a 30 graus com a mesma.

domingo, 14 de outubro de 2007

AVC E NEUROPLASTICIDADE

AVC e Neuroplasticidade



O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença neurológica que mais freqüentemente acomete o sistema nervoso e é a principal causa de incapacidades físicas e mentais. Ocorre devido a uma interrupção do fluxo sangüíneo para o cérebro, que pode ser por obstrução de uma artéria que o supre, caracterizando o AVC isquêmico ou por ruptura de um vaso – AVC hemorrágico.

Os principais fatores relacionados à ocorrência dos AVCs são: hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardíacas, obesidade, sedentarismo e tabagismo.

As seqüelas dependem da localização e do tamanho da área cerebral que foi atingida e do tempo que o paciente levou para ser atendido ( melhor o prognóstico quanto mais rápido for iniciada a recuperação), sendo as mais comuns hemiparesia, alterações visuais, da fala e da memória.

A circulação sanguínea do cérebro

O sangue chega ao cérebro através das artérias vertebrais e das artérias carótidas internas, que se comunicam através do polígono de Willis, este é uma anastomose arterial que fornece o suprimento sangüíneo para os hemisférios cerebrais, sendo formado pelas artérias cerebrais anteriores e posteriores, artérias comunicantes anterior e posteriores e pela carótida interna. Estas artérias possuem paredes muito finas, o que as torna mais vulneráveis a hemorragias. A artéria cerebral que é mais comumente acometida por AVC é a artéria cerebral média.


Lesões e plasticidade neural

O estrago causado no cérebro por um AVC pode provocar perda de sua função, mas através de um fenômeno denominado “neuroplasticidade”, o cérebro pode se reajustar funcionalmente, havendo uma reorganização dos mapas corticais que contribui para a recuperação do AVC.

As mudanças descritas na organização do córtex incluem o aumento dos dendritos, das sinapses e de fatores neurotróficos essenciais para a sobrevivência de células nervosas. Após ocorrer uma lesão, em algum lugar do córtex motor, mudanças de ativação em outra regiões motoras são observadas. Essas mudanças podem ocorrer em regiões homólogas do hemisfério não afetado, que assumem as funções perdidas, ou no córtex intacto adjacente a lesão. Graças a essas reorganizações corticais, que podem ter início de um a dois dias após o AVC e podem se prolongar por meses, os pacientes podem recuperar, pelo menos em parte, as habilidades que haviam sido perdidas.

A recuperação da função nos membros ,promovida pela plasticidade, é dificultada por um fenômeno conhecido como “não-uso aprendido”. Com a perda da função de uma área do cérebro atingida pelo AVC, a região do corpo que estava ligada a essa área também é afetada, perdendo a sua capacidade de movimentação. Como o paciente não consegue mover o membro mais afetado, compensa usando o outro, deste modo, após um certo tempo, quando os efeitos da lesão não estão mais presentes e ocorreram readaptações no cérebro, os movimentos poderiam ser recuperados, no entanto, o paciente já “aprendeu” que aquele membro não é mais funcional.

Terapia de movimento

No período seguinte ao AVC, é observada uma diminuição nas áreas de representação cortical dos músculos afetados, pois como estes não estão trabalhando, sua área correspondente no cérebro não é estimulada. Para tentar superar ou diminuir os efeitos do não-uso aprendido, uma das práticas que vem sendo utilizada é a Constraint-Induced Movement Therapy (CI-therapy) ou uso-forçado, que tem demonstrado aumentar as mudanças plásticas favoráveis à recuperação.

A técnica consiste no uso forçado do braço afetado pela restrição do uso do braço não afetado (veja a figura abaixo). Durante um período de 10 a 15 dias, o paciente fica com o braço não afetado imobilizado, assim, as diversas atividades como comer, vestir-se, escrever, cozinhar são realizadas pelo braço afetado, havendo novamente estimulação do córtex danificado. O paciente faz nesse período treinamento fisioterápico por seis horas diárias, praticando tarefas repetitivas com o braço afetado. Por causa desse uso aumentado do braço afetado, a área do cérebro relacionada a este volta a ser estimulada, ocorre uma intensa reorganização cortical que aumenta a área de representação deste membro no córtex e melhora o funcionamento motor. Assim, a CI-therapy pode ser considerada efetiva no combate ao não-uso aprendido.



Conclusões

Pelo que foi visto, podemos concluir que a neuroplasticidade é essencial para a reabilitação de paciente portadores de AVC, e um dos métodos usados para estimulá-la é a CI-therapy, que vem obtendo resultados satisfatórios na reorganização do córtex motor e na superação do não-uso aprendido.

sábado, 13 de outubro de 2007

PRESSÃO ARTERIAL

PRESSÃO ARTERIAL

ADULTOS (MAIORES DE 18 ANOS)
Pressão Arterial (mmHg)
Sistólica
Diastólica
Categoria

< 130
130-139
140-159
160-179
> 180
> ou= 210
> 140

< 85
85-89
90-99
100-109
> 110
> ou=120
< 90

Normal
Normal Limítrofe
Hipertensão Leve (estágio 1)
Hipertensão Moderada (estágio 2)
Hipertensão Severa (estágio 3)
Hipertensão Muito Severa (4)
Hipertensão Sistólica Isolada

CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Pressão Arterial (mmHg)
Os valores dos percentis 90 e 95 da pressão arterial para cada faixa etária são normalizados para o percentil da estatura da criança e adolescente.
Valores da PA Sistólica e Diastólica
Classificação
Menores que o percentil 90
Normal
Entre os percentis 90 e 95
Normal Limítrofe
Maiores que o percentil 95
Hipertensão Arterial


Tratamento não Medicamentoso ou Modificações do Estilo de Vida para o Hipertenso

Medidas com Maior Eficácia Anti-hipertensiva
01 - Redução do peso corporal
02 - Redução da ingestão de sódio
03 - Maior ingestão de alimentos ricos em potássio
04 - Redução do consumo de bebidas alcoólicas
05 - Exercícios físicos regulares

Medidas sem Avaliação Definitiva
01 - Suplementação de Cálcio e Magnésio
02 - Dietas vegetarianas ricas em fibras
03 - Medidas anti-estresse

Medidas Associadas
01 - Abandono do tabagismo
02 - Controle das dislipidemias
03 - Controle do Diabetes melito
04 - Evitar drogas que potencialmente elevem a pressão

Aos indivíduos que forem classificados como Hipertensos, aconselhamos procurar avaliação médica e em seguida iniciar um programa de atividades físicas, desenvolvido para este fim.
Obs:
Indivíduos com Doenças Renais devem controlar a pressão com valores inferiores a pessoas normais: 125/75 mmHg.

Efeito do Exercício: Melhora o aumento de substâncias vasodilatadoras nos membros fazendo aumentar a Resistência Vascular da Pressão Arterial.
Sintomas da PA: 80% das pessoas que têm hipertensão não apresentam qualquer sintoma, ou seja são assintomáticos e 20% sentem mau-estar e tonteira. E o mais comum é que as pessoas associam a hipertensão com dores de cabeça, o que não existe relação direta.
PA (Pressão Arterial)= DC (débito cardíaco) X RVPT (Resistência Vascular da Pressão Arterial)

Fatores relacionados a Hipertensão:
»Triglicérides Alto
»Colesterol Alto
»Glicose Alta
»Hematócrito Alto
»Insulina Alta
»Frequência Cardíaca Alta (com aumento de débito cardíaco e noraepinefrina plasmática)

»Nem todos os hipertensos têm insônia mas todos os que têm insônia apresentam presão alta (é muito importante curar o problema para se evitar problemas cardíacos no futuro).

Curiosidades:
1)Você sabia que a ingestão de álcool pode aumentar a pressão arterial? Valores mínimos como 30 ml podem causar este aumento em mulheres e indivíduos baixos.
2)Que infartos com pessoas que apresentam problemas cardíacos sérios ocorrem em muitos casos pela manhã porque a frequência cardíaca começa a subir até 2 horas antes de acordarmos? Obs: Existe um mito de que não devemos nos exercitar pela manhã devido a elevação brusca da F.C., se o indivíduo tem uma predisposição para um infarto ele terá mesmo antes de acordar. Indivíduos sem complicações cardíacas não devem se preocupar!

COMO FAZER A MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

O indivíduo deve estar sentado a pelo menos 5 minutos (testes assentados e em decúbito dorsal apresentam diferenças nos resultados);
Ele não deve ter tomado café ou álcool antes do teste;
Tomar qualquer braço para o teste;
A braçadeira do esfignomanômetro (aparelho de presssão) deve estar à altura do coração;
A mangueira deve estar paralela ao braço;
Não prender o estetoscópio embaixo da braçadeira;
Procedimentos:
» Primeiro medir a pulsação sem o estetoscópio (tomar o pulso radial) para detecção de arritmias (se o indivíduo tiver arritmias os os valores não serão reais, ou seja pode ter pressão normal e parecerá alta);
» Depois colocar a braçadeira a 2 dedos da prega do braço com o antebraço;
» Insuflar até sentir que sumiu a pulsação (teste: este valor servirá de parâmetro para se estabelecer o máximo na medição seguinte. Ex: se sumiu o pulso quando o relógio alcançou 120 na próxima medição insuflar até 140);
» Espere um pouco e comece a reinsuflar com o auxílio do estetoscópio tocando a prega do braço onde sentir melhor o batimento cardíaco, geralmente na parte interna do braço;
» Eleve o ponteiro até o valor encontrado anteriormente estipulado(teste).
» Comece a liberar o ar e acompanhe os batimentos através do estetoscópio;
» O valor maior (sistólica) será onde o coração começou a bater mais forte;
» O valor menor (diastólica) será quando não mais ouvir os batimentos do coração;
» Desinsuflar o aparelho.
» Obs: se ficar em dúvida quanto ao valor não deve em hipótese alguma voltar a insuflar o aparelho para reiniciar o processo. Os valores não serão os mesmos. Espere mais 10 minutos em repouso e tente novamente no mesmo braço. Caso tenha pressa utilize o outro braço.

ALTERAÇÕES DA PRESSÃO DURANTE O TESTE DE ESFORÇO

Durante o exercício, a pressão sistólica aumenta em proporção ao consumo de O² (em torno de 120 mmHg para 160-190 mmHg no exercício máximo), enquanto a pressão diastólica se mantém relativamente inalterada ou aumenta apenas ligeiramente (inferior a 10 mmHg). Embora alguns indivíduos sob exercício exaustivo apresentam Hipertensão Anormal, considerado um índice significativo de doença cardiovascular a Pressão Sistólica pode chegar acima de 200 mmHg e Diastólica de 100-150 mmHg .

OBS: INDIVÍDUOS COM REGISTRO DE PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA ACIMA DE 100 NÃO DEVEM PRATICAR EXERCÍCIOS!

Geralmente, as Pressões Sistólicas são maiores quando o trabalho é realizado com os braços do que quando é empreendido com as pernas. (Mcardle,1996)

Ausência de elevação ou aumento rápido da Pressão Arterial durante o exercício ou elevação brusca da Frequência Cardíaca também pode refletir em disfunção cardiovascular, ou seja, quanto maior a diferença entre a Pressão Sistólica e a Diastólica, maior será a probabilidade de haver problemas cardíacos.
Ex1: Ausência da elevação em pelo menos 20-30 mmHg durante o exercício progressivo pode refletir na diminuição da reserva cardíaca ; Ex2: 180 -70 mmHg > 140 -80


PRECAUÇÕES: As pessoas que exibirem durante o Teste de Esforço na Avaliação Física, dor anginosa progressiva, aumento rápido da Frequência Cardíaca, ausência de aumento da F.C ou Pressão Arterial Sistólica, aumento da Pressão Diastólica de 20mmHg ou mais ou elevação acima de 110mmHg, dor de cabeça seguido de escurecimento da vista, suor frio ou desmaio, devem: ser suspensas do teste imediatamente, ser aconselhadas a procurar um diagnóstico médico o mais rápido possível e ainda serem excluídas dos programas com exercícios físicos não supervisionados.

domingo, 7 de outubro de 2007

PSORÍASE DOENÇAS DA PELE

Psoríase

O que é?

A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida. Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.

Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.

Manifestações clínicas

Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida. A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas (foto) na pele, bem limitadas e de evolução crônica.

A psoríase em placas, em geral, se apresenta com poucas lesões mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes áreas do corpo.

Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem se tornar grossas e esbranquiçadas (foto abaixo) e as localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.

É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado.

Outra característica, chamada de fenômeno de Koebner, caracteriza-se pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões. As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto (coceira).

Apresentações menos comuns são a psoríase ungueal (foto abaixo), com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação.

Outra forma de apresentação é a psoríase gutata (foto abaixo), com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.

O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado por uma biópsia, que revelará um quadro bem característico.

Tratamento

O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.

A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora. A exposição solar moderada é de grande ajuda e manter a pele bem hidratada também auxilia o tratamento.

Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.