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domingo, 25 de novembro de 2007

MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

O que é?

A menopausa é a última menstruação da mulher.

O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.

A insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa.

A menopausa delimita as duas fases do climatério, o climatério pré- menopausa e o pós-menopausa.

A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55 anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura.

A diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar vários locais do organismo e determinam sinais e sintomas conhecidos pelo nome de síndrome climatérica ou menopausal.

O que se sente?

Os sintomas mais freqüentes são:

Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia.
Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual (dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma, perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral, caracterizada por episódios recorrentes de aumento da freqüência e ardência urinária, além da sensação de micção iminente.
Alterações do humor, sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a química cerebral.
Modificação da sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal.
Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio.
O estrogênio protege o coração e os vasos sanguíneos contra problemas, evitando a formação de trombos que obstruem os vasos e mantendo os níveis do bom colesterol.
Osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. Embora algumas mulheres possam não apresentar nenhum sintoma, alguma manifestação silenciosa da deficiência hormonal pode estar ocorrendo, como a perda de massa óssea que pode levar a osteoporose.É nos cinco primeiros anos após a menopausa que ocorre uma perda óssea mais rápida.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007










ALCOOLISMO








O organismo do alcoolista e seu funcionamento O corpo do alcoolista, quando metaboliza o álcool, funciona de modo diferente se comparado ao dos não alcoolistas. Essas diferença faz com que o alcoolista sinta nos efeitos do álcool um prazer muito maior que os não alcoolistas. Problemas clínicos do alcoolismo A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a ente. Surgem, então, sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família e diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego. Alguns dos problemas mais comuns da doença sâo: No estômago e intestino Gases: Sensação de "estufamento", nem sempre valorizada pelo médico. Pode ser causada por gastrite, doenças do fígado, do pâncreas, etc. Azia: Muito comum em alcoolistas devido a problemas no esôfago. Náuseas: São matinais e ás vezes estão associadas a tremores. Podem ser consideradas sinal precoce da dependência do álcool. Dores abdominais: Muito comum nos alcoolistas que têm lesões no pâncreas e no estômago. Diarréais: Nas intoxicações alcoólicas agudas (porre). Este sintoma é sinal de má absorção dos alimentos e causa desnutrição no indivíduo. Fígado grande: Lesões no fígado decorrentes do abuso do álcool. Podem causar doenças como hepatite, cirrose, fibrose, etc. No Sistema Cárdio Vascular O uso sistemático do álcool pode ser danoso ao tecido do coração e elevar a pressão sangüínea causando palpitações, falta de ar e dor no tórax. Glândulas As glândulas são muito sensíveis aos efeitos do álcool, causando sensíveis problemasnoseufuncionamento. Impotência e perda da libido O indivídu oalcoolista pode tera trofiados testículos, queda de pêlos além de gincomastias(mamas crescidas). Sangue O álcool torna o individuo propicio às infecções, alterando o quadro de leucócitos e plaquetas, o que torna freqüente as hemorragias. A anemia é bastante comum nos alcoolistas que têm alterações na série de glóbulos vermelhos, o que pode ser causado por desnutrição (carência de ácido fólico). Álcool e medicamentos A mistura álcool e tranqüilizantes gera depressão do sistema nervoso central e traz efeitos danosos na maioria dos casos. Características do alcoolismo Fique atento aos "sinais de alerta" para a doença: Beber de manhã. Ficar de "pileque" em toda festa que vai. Colocar o álcool como prioridade nos seus interesses. A percepção dos outros para os excessos [quando começa a implicar com seus "goles"). O que nos ajuda a detectar o alcoolismo é a perda da liberdade para o ato de beber. O indivíduo começa com a intenção de 2 ou 3 "doses"e depois não consegue se controlar Informando:
O Brasil detém o 1° lugar do mundo no consumo de destilados cachaça.
0s jovens estão começando a beber cada vez mais cedo.
0 álcool interfere no processo de concentração no trabalho e os alcoolistas estão justamente na faixa de maior produtividade do individuo - entre 25 e 45 anos.
0 alcoolismo é uma doença crônica, incurável e progressiva, que mina o organismo, atacando todos os órgãos.
Mas o que também é importante: é controlável.
0 álcool é responsável pela maioria dos acidentes de trânsito, porque altera a percepção do espaço, do tempo e a capacidade de enxergar bem.
0 índice de câncer entre os bebedores é alarmante, quer por ação tópica do próprio álcool sobre as mucosas, quer por conta dos aditivos quíimicos, de ação cancerígena,que entram no processo de fabricação das bebidas. "A sua vontade de parar é o primeiro passo para o tratamento"

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

HIPERTENSÃO

HIPERTENSÃO ARTERIAL - INTRODUÇÃO

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

O que é?

Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

Cuidados para medir a pressão arterial

Alguns cuidados devem ser tomados, quando se verifica a pressão arterial:

repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável
a bexiga deve estar vazia (urinar antes)
após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir
o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração
não falar durante o procedimento
esperar 1 a 2 minutos entre as medidas
manguito especial para crianças e obesos devem ser usados
a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas
vale a medida de menor valor obtido

Níveis de pressão arterial

A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg.

De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas.

No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos maiores de 18 anos em mmHg:

SISTÓLICA DIASTÓLICA Nível
<> <> Normal
130-139 85- 89 Normal limítrofe
140 -159 90 - 99 Hipertensão leve
160-179 100-109 Hipertensão moderada
> 179 > 109 Hipertensão grave
> 140 <> Hipertensão sistólica ou máxima

No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.

A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida.

O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.

Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.

No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.
No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.
Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.
No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.
No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

O que é pressão alta?

Qual o nível da minha pressão?

Devo fazer verificação da minha pressão em casa?

O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?

Quais os efeitos colaterais do tratamento?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

CATETERISMO CARDÍACO

O que é:

Exame cardiológico invasivo feito para diagnosticar ou corrigir problemas cardiovasculares, como por exemplo, a visualização de um estreitamento, geralmente formado por uma placa de gordura, na artéria coronária.

Lateral de uma artéria coronária com diferentes graus de obstrução, desde um estreitamento localizado (espasmo) até à oclusão total e por conseqüência o desenvolvimento do infarto do miocárdio


Como é

  • O médico faz um corte de 2 a 3 centímetros de largura próximo à prega do cotovelo, no braço direito ou esquerdo, e seleciona um vaso sangüíneo (veia ou artéria). Também pode ser feito pela virilha.
  • Por esse corte é introduzido o catéter (sonda de 2,7 milímetros de diâmetro e um metro de comprimento), que percorre o vaso até chegar ao coração.
  • Pelo catéter é injetado um líquido de contraste radiológico, a base de iodo, que permite visualizar, por meio de um aparelho de raio-X, os vasos e cavidades do coração.
  • As imagens internas do coração e/ou vasos são registradas com tecnologia digital (vídeo digital e/ou câmara multiformatos lazer que auxiliam na análise posterior do exame.


O cateter é introduzido pela artéria do braço ou pela virilha até chegar ao coração.


Equipe durante intervenção

O cateterismo é realizado por uma equipe composta por técnico de raios X, enfermeira(o) especialmente treinada(o) e dois cardiologistas com experiência em procedimentos de cardiologia intervencionista.

Dura entre 30 e 60 minutos, em média, conforme o procedimento realizado.

Feito na sala de cateterismo, com o paciente acordado (anestesia local), deitado sob um aparelho de raio-X. Só em criança é usado anestesia geral para evitar agitação.


Como se preparar

  • Fazer jejum de quatro horas antes do exame.
  • Em geral, não é necessário suspender os medicamentos em uso.
  • Procurar repousar antes do exame.

Recuperação

Alta hospitalar que varia de 30 minutos a 24 horas, dependendo do procedimento
  • Não dobrar o braço (ou a perna) durante seis horas.
  • Ingerir líquidos em maior quantidade.
  • Retirar o primeiro curativo depois de 12 a 24 horas.
  • Limpar o local duas vezes ao dia e cobrir com curativo leve.
  • Retirar os pontos depois de sete dias.


É indicado para:

  • mostrar obstruções das artérias que irrigam a musculatura do coração (coronárias);
  • quantificar alterações do funcionamento das válvulas e do músculo cardíacos;
  • esclarecer alterações anatômicas não confirmadas por outros exames;
  • mostrar em detalhes uma malformação congênita;
  • desobstruir artérias e válvulas.

Variações terapêuticas

  • Angioplastia:
    Desobstrução de artéria coronária ou ponte de safena que esteja comprometida por uma placa de gordura ou um coágulo. É feita usando-se um balão que, posicionado e inflado no ponto de estrangulamento, restitui a circulação no vaso.

  • Stent coronário:
    Fixação de uma tela de aço inoxidável na parede interna do vaso desobstruído durante a angioplastia, para impedir novo estrangulamento.

  • Valvoplastia:
    Desobstrução de válvulas cardíacas (pulmonar e mitral) por meio de um ou mais balões infláveis, normalizando a livre circulação do sangue.
  • sábado, 10 de novembro de 2007

    ODONTOLOGIA

    DOR DE DENTE

    Os dentes são estruturas tão vivas como qualquer outra parte do nosso corpo. Eles são constantemente agredidos pela ocilações de ph que ocorrem na cavidade bucal, quando ingerimos alimentos. As bactérias presentes em nossa boca, agem sobre os acúcares e carboidratos, produzindo ácidos que atacam a camada dura que protege os dentes, o esmalte dental, causando perda de minerais, que pode ir de leve opacidade na superfície dentária à cavidades profundas com comprometiento da polpa dental.

    Mais, existem outras afecções, além da cárie dentária, que podem levar a dor de dente, como por exemplo a sinusite devido à pressão exercida nas raízes dos dentes , e ainda a doença periodontal quando a gengiva e/ou a estrutura óssea que sustentam os dentes podem estar causando a dor

    Apesar da dor por vezes ser muito forte, deve-se evitar a auto medicação. Nunca coloque um comprimido na bochecha, junto ao dente dolorido, pois poderá ocorrer queimadura química na gengiva. Procure o cirurgião dentista.

    Lembre-se: Nunca tome Remédios sem orientação profissional.


    Este esquema apresenta de forma didática as prováveis causas das dores dentárias:

    Você tem algum desses sintomas?
    - dor constante
    - um dente parece mais alto
    -febre

    Consulte imediatamente um Dentista! Pode ser que seu dente esteja com um abcesso.


    Você tem acessos de dor forte ou dentes muito sensíveis ao calor ou frio, e a dor permanece por vários minutos?


    Uma cárie avançada ou uma restauração profunda ou um ferimento podem ter causado dano irreversível à polpa.

    O seu dentista
    restaurou (obturou)
    um ou mais dentes nas últimas semanas?

    O dente dói apenas quando
    você morde?

    Uma restauração irregular ou alta pode estar incomodando. O dentista deverá ajustar a restauração se necessário

    Depois de uma
    restauração é normal uma maior sensibilidade ao frio, principalmente se ela for profunda. Se essa dor persistir por muito tempo, consulte o seu dentista. A polpa poderá estar comprometida.

    A dor ocorre apenas quando come algo frio ou doce e desaparece depois de alguns segundos?


    Deterioração da restauração, dentina exposta, exposição da raiz do dente, escovação inadequada, problemas gengivais podem estar ocasionando a dor. consulte seu dentista. Ele irá trocar a restauração ou dessensibilizar seu dente e orientar quanto a higienização.

    O dente dói apenas quando morde ou mastiga?

    Uma restauração fraturada, com infiltração ou um dente fraturado podem ser a causa da dor.
    Consulte um dentista.

    Seu dente provavelmente está cariado. Procure imediatamente um dentista.

    quinta-feira, 8 de novembro de 2007


    Doença do sono 'mata um pouco por dia'





    Apnéia afeta 8,5 milhões de brasileiros, ou seja, 5% da população. Orientações sobre o distúrbio fazem parte da Campanha Nacional do Sono.

    A apnéia é um distúrbio do sono que afeta cerca de 8,5 milhões de brasileiros, ou 5% da população do país, segundo estimativa da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). "Quem tem essa doença morre um pouco por dia", afirma o neurologista Gilmar Fernandes do Prado, diretor do serviço de Neuro-Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrante da diretoria executiva da ABN.


    Para conscientizar os pacientes sobre os sinais do distúrbio e orientá-los a procurar o tratamento médico correto, a ABN promoverá no final deste mês a Campanha Nacional do Sono. A iniciativa mobilizará neurologistas de nove cidades para prestar esclarecimentos sobre os três distúrbios mais comuns dos 80 já identificados. Além da apnéia, serão abordadas a insônia e a síndrome das pernas inquietas.

    Sufocamento

    A apnéia, em casos crônicos, chega a ocorrer a cada um ou dois minutos de sono. Ela é provocada pelo fechamento da faringe, que obstrui a garganta, bloqueia a respiração por cerca de 20 segundos e faz com que a pessoa acorde abruptamente, roncando alto.

    O sufocamento e a conseqüente falta de oxigenação provocam danos ao sistema neurológico que podem ser irrecuperáveis. "Se o paciente que tem apnéia não se trata, os neurônios vão morrendo ao longo do tempo. Assim, mesmo após a cura, a sonolência ao longo do dia pode persistir", detalha Prado, que denomina as crises da doença como “gotas de morte”.

    A sonolência é apenas um dos sintomas, que incluem impotência, alteração do humor, redução da memória, da criatividade e da libido, além de insônia. De acordo com o neurologista, os pacientes demoram a percebê-los e ainda resistem a submeter-se a tratamentos.

    Procure um neurologista

    No dia 21, que marca o Dia do Sono, serão montados 11 estandes pelo país, onde um médico distribuirá panfletos sobre os distúrbios e conversará com os interessados. A ação ocorrerá em São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Salvador (BA) e Goiânia (GO).

    Os médicos vão orientar as pessoas a procurar um neurologista, caso detectem sintomas de distúrbios do sono. Segundo Prado, da ABN, alguns pacientes levam anos até procurar profissionais especializados em tratar esse tipo de doença.

    "Há casos de síndrome das pernas inquietas que o paciente leva 10, 15 anos para chegar no neurologista", diz Prado. "Eles procuram ortopedistas, reumatologistas e até psiquiatras".

    Pernas inquietas

    Quem sofre de síndrome das pernas inquietas sente forte dores nos membros inferiores e precisa massageá-los e andar para conseguir dormir. "As pessoas confundem a reação à dor com tiques, mas é a mais comum das desordens que nunca ouvimos falar", alerta Prado. Em casos graves, o distúrbio pode atingir os braços e as mãos.

    Os médicos recomendam aos pacientes que evitem ingestão de cafeína, façam exercícios regulares e alongamento antes de dormir. Em 3% dos casos, o tratamento exige que se tome remédios pelo resto da vida.

    Carneirinhos

    A insônia, que também será abordada durante a campanha, é a incapacidade de iniciar ou manter o sono. Ela é provocada basicamente por preocupações. "Preocupação é a palavra. A insônia também é provocada pela forma de lidar com a própria rotina. A cama, às vezes, é um lugar para a pessoa pensar nas coisas que ela não teve tempo de pensar durante o dia", conta Prado.

    Entre os tratamentos indicados está a terapia comportamental cognitiva, que estimula o paciente a readequar hábitos incompatíveis com o sono saudável, ensina técnicas de relaxamento e formas para evitar preocupações associadas ao sono ou ao horário de dormir.

    "O lance é trocar o foco do paciente, fazê-lo pensar em outra coisa. A idéia é liberar o pensamento e não ter preocupações", explica a psicóloga Luciane Carvalho, pesquisadora do departamento de Neuro-Sono da Unifesp. Sobre a técnica de contar carneirinhos ensinada para as crianças, ela comenta que não costuma funcionar. "Quem tem insônia fica mais ansioso. Mas se funcionar, ótimo."

    domingo, 4 de novembro de 2007

    Dor nos Joelhos

    Quais as causas de dor nos joelhos?

    Dor em joelho é extremamente freqüente. Há dezenas de causas. Algumas são muito comuns e fáceis de diagnosticar, mas há situações em que o esclarecimento do problema pode ser uma tarefa lenta e trabalhosa.

    Na tabela1, abaixo estão as doenças mais freqüentes.

    Diagnóstico Características
    Síndrome de dor Patelo-femural
    (Patelo = rótula)
    Jovens. Rótula mal Alinhada em sua articulação com o fêmur.
    Implantação alta da rótula* Jovens
    Síndromes de sobrecarga* Atletas, corredores, dançarinas, obesos.
    Defeito alinhamento entre coxas e pernas* Pernas “em xis”, arqueadas, rotadas.
    Hipermobilidade da rótula * A rótula desliza fora da calha no fêmur.
    Doenças da rótula * Condromalacia, osteocondrite.
    Síndrome do coxim gorduroso Dor na “bola” de gordura que se forma na região interna do joelho.
    Bursite Na frente ou abaixo da rótula.
    Tendinite Mais freqüente na região interna da perna.
    Doenças dos meniscos ** Após traumatismo ou em idosos. Também ocorre em situações de sobrecarga crônica.
    Ruptura parcial ou total de ligamentos ** Traumatismo.
    Doença de Osgood-Schlatter ** Dor e inchume na perna logo abaixo da rótula. Entre 9 e 15 anos. Mais em sexo masculino (ver osteonecroses).
    Doenças da membrana articular (sinovial) Sinovite vilo-nodular, condromatose**, tumores malignos**.
    Osteoartrite (artrose) Desestruturação da cartilagem.
    Artrite (sinovite) Doenças inflamatórias ou infecciosas.

    Tabela1

    Há duas situações bem distintas em relação à problema dor no joelho.

    Em uma, há um problema local, isto é, uma ou mais estruturas que compõem o joelho apresentam-se com algum tipo de defeito.

    Este pode ser congênito (defeitos das rótulas) ou instalar-se posteriormente como, por exemplo, ruptura ou degeneração de meniscos.

    Essas são patologias ortopédicas e, geralmente, manejadas por ortopedistas. Reumatologistas podem intervir em fases iniciais ou quando não houver indicação cirúrgica.

    Na outra situação um ou ambos joelhos estão inchados.

    Por que os joelhos incham?

    Quando uma articulação está inchada, há artrite, que significa inflamação articular. Logo, o que precisamos saber é: por que o joelho está inflamado?

    Mas o que é inflamação? É a mesma coisa que infecção? NÃO!

    Inflamação é uma reação do organismo a uma agressão no sentido de eliminá-la. Como conseqüência, desenvolvem-se calor local, vermelhidão (eritema), inchume (edema) e dor.

    Um corte ou uma laceração na pele provocam inflamação sem infecção e o resultado final, ao curar, é a cicatriz. Se em uma incisão cirúrgica aparecer pus, significa que cresceram bactérias, ou seja, infeccionou. Quando a doença inicial é a infecção, o mecanismo de defesa do organismo é a reação inflamatória. Nesse caso, a infecção leva a uma inflamação.

    Na "Tabela 1", nos diagnósticos em que há o asterisco (*) só haverá edema em fases mais avançadas. Ou seja, os pacientes estão com joelhos "secos". Mais tarde, devido às lesões locais provocadas pelos variados estímulos inadequados inerentes a cada doença, desenvolve-se a reação inflamatória. Nesses casos, o edema articular costuma ser pequeno, contrastando com a dor e a limitação de função, que podem ser importantes.

    A síndrome do coxim gorduroso é freqüente. Aparece preferentemente em mulheres obesas a partir da 5a década. Se houver edema, esse é localizado, ocorrendo geralmente tendinite ou bursite associada (tendinite ou bursite anserina).

    Bursas são cavidades fechadas localizadas em íntima vizinhança com tendões e articulações. Podem inflamar secundariamente à inflamação dos tendões, por traumatismo ou como manifestação de alguma doença como a gota, quando depósitos de cristais de ácido úrico provocam a inflamação. Em geral, as bursites de joelho são facilmente percebidas. As bursas localizadas na frente ou abaixo das rótulas podem infectar a partir de infecção da pele vizinha.

    As tendinites estão apresentadas em capítulo próprio. O mecanismo que se caracteriza por ser mais freqüente na produção da tendinite é o desgaste que ocorre devido ao uso continuado ou exagerado dos tendões. Há minúsculas rupturas das fibras que compõem os tendões, levando a reação inflamatória local e cicatrização. A repetição do evento pode levar a "rasgões" nos tendões com variadas repercussões clínicas.

    Nos joelhos, mais freqüente vê-se a tendinite anserina. Localiza-se na parte interna da perna e leva este nome devido à forma anatômica dos tendões que aí se inserem, semelhante a uma pata de ganso.

    É uma causa bastante encontrada de joelho seco doloroso (periartrite seca de joelho). Pode haver discreto edema localizado. Quando houver edema intenso, deve-se pensar em outras causas, tais como gota, artrite reumatóide e infecção.

    As doenças assinaladas com (**) estão apresentadas em artigos, na seção de ortopedia desse site.

    Sinovite vilo-nodular é rara. É uma doença em que há crescimento anormal benigno (não é câncer) da membrana sinovial. O diagnóstico é feito por meio de ressonância magnética ou biópsia.

    Osteoartrite somente provoca edema articular em fase avançada. Leia mais sobre osteoartrite em artigo específico nesse site.

    Artrite de Joelhos

    Sofri um traumatismo e o joelho está doendo. O que faço?

    Consulte um ortopedista.
    Sofri um traumatismo e o joelho inchou. O que faço?

    Consulte um ortopedista.
    Sofri um traumatismo há uma semana e hoje o joelho inchou. O que faço?

    Consulte um reumatologista.
    Acho que sofri um traumatismo ontem e os dois joelhos estão doendo. O que faço?

    Consulte um reumatologista.
    Sofri um traumatismo ontem. Hoje estou com um joelho inchado e outras articulações e/ ou a coluna doendo. O que faço?

    Consulte um reumatologista. Traumatismo em um joelho não provoca artrite à distância.
    Acordei esta manhã com um ou os dois joelhos inchados. O que faço?

    Consulte um reumatologista.
    Pratico vários esportes com impacto e sofro lesões eventualmente, as quais meu ortopedista sempre resolve. Meu joelho está novamente doloroso, mas desta vez tenho outros sintomas atuais ou recentes (um ou mais): mal estar, febre, secreção pela uretra, ardência para urinar, lesões de pele, diarréia, dor na coluna ou nas nádegas, outras articulações inchadas ou doendo). O que faço?

    Consulte um reumatologista.

    Causas

    Na Tabela 2, a seguir, estão listadas as doenças que mais freqüentemente podem iniciar com artrite de um ou dos dois joelhos. Esses esclarecimentos , entretanto, servem como orientação inicial.

    Consulte sempre seu médico! Somente um profissional especializado poderá lhe orientar com segurança!

    Causas Não Traumáticas De Artrite De Joelhos

    (a doença pode iniciar com artrite isolada de um joelho)

    Diagnóstico Características
    Artrite reativa (síndrome de Reiter)
    Não é raro início em joelho.
    Muito mais freqüente em adultos jovens. Pesquisar infecção genital, urinária ou intestinal (ver artigo específico). Geralmente inicia com mais de uma articulação comprometida.
    Gota Monoartrite aguda. Depósito de cristais de ácido úrico. Homens adultos. Mulheres, após a menopausa. Crises anteriores em qualquer articulação.
    Condrocalcinose Artrite aguda ou crônica. Depósito de cristais de pirofosfato de cálcio. Crises anteriores em qualquer articulação.
    Psoríase (artropatia psoriásica) 15% dos portadores de psoríase têm artrite.
    Artrite reumatóide. Muito raro iniciar com artrite isolada de joelhos.
    Osteoartrite Se não for doença avançada, procurar outra causa.
    Artrite gonocócica Febre baixa. Gonorréia. Pesquisar na mulher. Pode não haver sintomas genitais. Artrite passageira em outras articulações antes da monoartrite. Podem aparecer tendinites e bolhas.
    Artrite séptica não gonocócica. Monoartrite aguda com pus. Febre elevada , queda do estado geral, infecção em outro local.
    Espondilite anquilosante Início muito mais freqüente em jovens. Pesquisar dor e movimentos da coluna. Radiografia das articulações sacro-ilíacas estará alterada.
    Lúpus eritematoso Muito raro iniciar somente com artrite de joelhos. Doença mais freqüente em mulheres jovens ( ver artigo específico).
    Artrite tuberculosa Artrite crônica. Geralmente febre noturna com sudorese. Tuberculose em outro local.

    Tabela2

    Perguntas que você pode fazer ao seu médico

    Qual é o diagnóstico?

    É uma doença degenerativa localizada nos joelhos ou faz parte de outra doença?

    Qual a finalidade do tratamento?

    O tratamento é esta receita somente ou devo repetí-la?

    Há interferência com outros remédios que estou usando?

    Quais os efeitos colaterais?

    Cuidados com meus hábitos diários, profissionais e de lazer?

    Problemas com obesidade?

    Qual a importância de exercícios?