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terça-feira, 3 de agosto de 2010

DESCOLAMENTO DE RETINA

Deslocamento da retina

O que é a retina?
Que é um descolamento da retina?
Que são os sinais e os sintomas de um descolamento da retina?
Que doenças dos olhos predispõem ao desenvolvimento de um descolamento da retina?
Que outros factores estão associados ao descolamento da retina?
Por que é imperativo tratar um descolamento da retina?
Quais são as complicações da cirurgia para um descolamento da retina?
Quais são os resultados da cirurgia para um descolamento da retina?

O que é a retina?

A retina é uma camada fina que forra a parede interna do olho. A retina pode ser comparado à película de uma câmara. As imagens que vemos são focalizados pela lente e projectados na retina. As imagens são transmitidas pelo nervo óptico do olho ao cérebro para a interpretação. Assim, o retina pode ser a parte mais importante do olho. O retina é composta de duas porções principais: uma área macular central e um retina periférica muito maior. A retina periférica permite que nós vejamos objectos de um ou outro lado (visão periférica) e, fornece consequentemente a visão necessária para que uma pessoa se mova com segurança. A macula é uma área muito pequena, central do retina que contem uma concentração elevada de cones. A sua constituição permite a visão central desobstruída para ver detalhes, para actividades como leitura ou enfiar uma agulha. A macula, é particularmente sensível às mudanças de circulação, especialmente aquelas que ocorrem com envelhecimento, tal como o fluxo diminuído do sangue.

Que é um descolamento da retina?

Um descolamento da retina é uma separação da retina da sua conexão na parte traseira do olho. A separação resulta geralmente de uma rasgadura na retina. A rasgadura frequentemente ocorre quando o vítreo se separa da sua conexão na retina, geralmente nas bordas exteriores do olho. O vítreo é um gel translúcido que preenche a maior parte do interior do olho entre a retina e a lente. Se a retina for fraca quando o vitreo puxa por ela, a retina rasga-se. Este rasgo é por vezes seguido por hemorragias, se uma vaso sanguíneo for rasgado também.

Uma vez que a retina se rasgou, o vitreo pode então passar através da rasgadura e acumular-se atrás do retina. A acumulação do vitreo atrás da retina é o que descola a retina . Quanto mais vítreo passa pela rasgadura maior a extensão do descolamento da retina. Este pode progredir e envolver a retina inteira, conduzindo a um descolamento da retina total. Um descolamento da retina afecta quase sempre somente um olho. O segundo olho, deve no entanto ser verificado.

Que são os sinais e os sintomas de um descolamento da retina?

Luzes a piscar e a flutuar podem ser os sintomas iniciais de descolamento da retina. Um paciente que comece a experimentar estes sintomas deve ser observado por um oftalmologista para um exame da retina.

Os sintomas de luzes a piscarem e a flutuarem são geralmente benignos e podem resultar de uma separação do vítreo da retina. Esta circunstância é chamada um descolamento posterior do vitreo (DVP). Embora um DVP ocorra frequentemente, não há nenhum rasgadura associado com esta condição na maioria das vezes.

Se, entretanto, o paciente experimentar o que está descrito como uma sombra ou uma cortina que afectem qualquer parte da visão, este sintoma pode indicar que uma rasgadura da retina ocorreu e progrediu para um descolamento da retina. Nesta situação, o paciente deve imediatamente consultar um oftalmologista. Nesta circunstancia o tempo pode ser critico. O objectivo do oftalmologista é fazer o diagnóstico e tratar a rasgadura ou o descolamento da retina antes que a área macular central do retina se descole.

Que doenças dos olhos predispõem ao desenvolvimento de um descolamento da retina?

A degeneração em palissada da retina ocorre em 6% a 8% da população.

A miopia elevada (maior que 5 ou 6 dioptrias) aumenta o risco de um descolamento da retina. De facto, o risco aumenta 2,4% em comparação a uns 0,06% de risco para um olho normal de uma pessoa com 60 anos. (Dioptrias são unidades de medida) Cirurgia da catarata ou outras operações pode incrementar o risco nos pacientes com o miopia elevada.

Os pacientes com Glaucoma têm um risco aumentado de desenvolver um descolamento da retina.

Que outros factores estão associados ao descolamento da retina?

O traumatismo como um murro, ou um ferimento penetrante por um objecto afiado podem conduzir a um descolamento da retina.

Um descolamento da retina não traumático parece indicar uma tendência (herdada) genética para desenvolver descolamentos da retina.

Em cerca de 5% dos pacientes com um descolamento da retina num olho, que não seja causado por trauma ocorre subsequentemente no outro olho. Assim o segundo olho de um paciente com um descolamento da retina deve ser examinado e seguido com atenção, pelo paciente e pelo oftalmologista.

Os diabetes podem conduzir a um tipo de descolamento da retina causado por tracção na retina, sem rasgadura.

Por que é imperativo tratar um descolamento da retina?

Quase todos estes pacientes progredirão até a uma perda total da visão se o descolamento não for reparado.

A reparação cirúrgica de um descolamento da retina é geralmente bem sucedido, embora mais de um procedimento possa ser necessário. Uma vez que a retina é reparada, a visão geralmente melhora e estabiliza. A capacidade de leitura após a cirurgia dependerá se ou não a macula (parte central do retina) foram descoladas.

Descolamentos da retina severos podem requerer uma técnica cirúrgica mais complicada chamada Vitrectomia. Estes descolamentos incluem aqueles que são causados pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais na retina ou no vítreo, como ocorrem em estágios avançados de diabetes. Vitrectomia é usada também nas rasgaduras retinianas gigantes, hemorragia do vitreo (sangue na cavidade do vitreo que obscurece a visão do cirurgião da retina), os descolamentos retinianos provocados por tracção (que puxam o tecido da cicatriz), membranas retinianas ou infecções severas no olho (endoftalmites).

Quais são as complicações da cirurgia para um descolamento da retina?

Lacrimejar, olhos vermelhos, inchaço, comichões no olho afectado são sintomas comuns e podem persistir por algumas horas após a operação. Estes sintomas são tratados geralmente com gotas (colírios). A visão esbatida pode durar por muitos meses e óculos novos serão necessários, por ter mudado a forma do olho. Também pode haver dupla visão (diplopia). Outras complicações podem incluir a pressão elevada no olho (Glaucoma), sangrar atrás do retina, nublar da lente do olho (catarata), queda da pálpebra ou infecções do olho (endoftalmite).

Quais são os resultados da cirurgia para um descolamento da retina?

A cirurgia do descolamento da retina é bem sucedido em aproximadamente 80% dos pacientes com um único procedimento. Diversos meses podem passar, entretanto, antes que a visão retorne a seu nível final. O resultado final para a visão depende de diversos factores. Por exemplo, se a macula for descolada, a visão central raramente retornará ao normal. Mesmo se o macula não foi descolada, parte da visão pode ainda ser perdida, embora a maioria recupere. Novos furos, rasgos, ou puxões podem ocorrer, levando a novos descolamentos da retina. O acompanhamento por um oftalmogista é importante Os estudos a longo prazo mostraram que mesmo depois após tratamento preventivo de uma rasgadura 5% a 9% dos pacientes podem desenvolver rupturas novas na retina, o que poderá conduzir a um novo descolamento da retina. A cirurgia de descolamentos da retina fez grandes avanços nos últimos vinte anos com a restauração da visão útil a muitos milhares dos pacientes.

TÚNEL DO CARPO


Síndrome do Túnel do Carpo


Introdução

A síndrome do túnel do carpo é caracterizada por dor, alterações

da sensibilidade ou formigamentos no punho, geralmente associada

com movimentos manuais inadequados ou repetitivos. Alguns casos

de síndrome do túnel do carpo não parecem relacionados a qualquer

causa específica, mas quem apresenta distúrbios que interferem com

a circulação e a oferta de oxigênio aos nervos dessa região tem

maior risco de desenvolver a síndrome. Ela resulta da compressão

do nervo mediano, responsável pela sensibilidade e motricidade do

polegar e de alguns dedos e músculos da mão. Esse nervo, juntamente

com os nove tendões que permitem os movimentos dos dedos da mão,

passa através de um túnel encontrado na base do punho. A porção

superior desse túnel é formada por um tecido conjuntivo resistente,

denominado ligamento.

A síndrome do túnel do carpo não é uma doença nova, apenas está

se tornando mais comum nos últimos anos. Há doze anos, as

lesões por esforço repetitivo eram responsáveis por 18% de todas

as doenças ocupacionais; em 1991, esse número aumentou para

48%. Com a máquina de escrever, era necessário fazer pequenos

intervalos para as correções, colocar e retirar o papel e procurar a

grafia correta de uma palavra. Essas funções desapareceram com o

computador, de modo que permanecer sentado diante dele

durante um período prolongado significa manter os punhos trabalhando

sem parar e sem mudar de posição.

Os movimentos repetidos sem o tempo adequado de recuperação

são responsáveis pela inflamação e edema do túnel do carpo.

Na síndrome do túnel do carpo, os tendões são irritados

e edemaciam, empurrando o nervo mediano em direção a esse

ligamento e causando dor nessa região.

Síndrome do Túnel do Carpo

Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença

que ocorre quando o nervo que passa na região do punho

(nervo mediano) fica submetido à compressão. Na maioria

dos casos essa compressão do nervo na região do

punho (“nervo preso”) deve-se ao estreitamento no seu

canal de passagem por inflamação crônica não específica

dos tendões que também passam por esse canal. Em

outros casos com menor freqüência podem existir doenças

associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar

que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença

ocasionados por edema (“inchaço”) próprio da gravidez;

na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o

parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde.

Algumas atividades profissionais que envolvem flexão

contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem

desencadear sintomas de compressão do nervo.

O túnel do carpo localiza-se logo abaixo do Palmar

longo sendo delimitado por quatro proeminências ósseas:

Proximalmente pelo Pisiforme e Tubérculo do Escafóide

e distalmente pelo Hâmulo do Hamato e pelo tubérculo

do Trapézio. Este túnel conduz o nervo Mediano e

os tendões flexores dos dedos deste o antebraço até a mão.

A compressão do túnel carpal pode ser resultante de

vários fatores, tais como: deslocamento anterior do

osso semilunar, intumescência secundária a fratura de Colles

(fratura de extremidade distal do rádio), sinovites secundárias

a artrite reumatóide ou devidas a qualquer outra causa capaz

de provocar edema devido a traumas que acometam o punho,

como entorses, e uma grande variedade de doenças sistêmicas,

como o mixedema e a doença de Paget.

Esta afecção pode ocorrer em mulheres entre 40 e 50 anos de

idade e a causa mais freqüente é devido a alterações em

tecidos moles, particularmente inflamação da bainha sinovial

que acaba comprimindo o nervo mediano.


Nervo Mediano

O nervo mediano supre a porção radial da palma e as superfícies

palmares dos dedos polegar, índice e médio; ele, por vezes,

também supre o dorso das falanges distais destes dedos. Ele

também inerva a cútis palmar da extremidade distal do dedo.


Causas conhecidas


Várias são as causas de aumento das estruturas que passam pelo

Túnel do Carpo. Algumas das causas que podem desencadear a

doença são: trabalho manual com movimentos repetidos, pessoas

que não fazem trabalhos manuais, tem associação com

alterações hormonais como menopausa e gravidez (geralmente

desaparece ao fim da gravidez); fato que explica o porque de

haver mais mulheres acometidas que homens. Outras doenças

associadas são diabetes mellitus, artrite reumatóide, doenças

da tireóide e causas desconhecidas.


Sinais e sintomas


Dor ou dormência à noite nas mãos, principalmente após uso

intensivo destas durante o dia. A dor pode ser intensa a ponto

de acordar o paciente. Ocorre diminuição da sensação dos

dedos, com exceção do dedo mínimo e sensação de sudorese

nas mãos. A dor pode ir para o braço e até o ombro. Atividades

que promovem a flexão do punho por longo período podem

aumentar a dor. Com a perda da sensação nos dedos, pode

haver dificuldade de amarrar os sapatos e pegar objetos.

Algumas pessoas podem apresentar até dificuldade de

distinguir o quente e o frio.

Também são freqüentes as sensações de choques em determinadas

posições da mão como segurar um objeto com força, segurar

volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita

freqüência as pessoas imaginam que estão tendo “derrame”

ou “problemas de circulação” procurando assistência médica

especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e

formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou

até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja

retardado.



Características Clínicas

A perda da sensibilidade anestesia o lado externo da palma da mão

e da superfície palmar do polegar, indicador, médio e metade do

dedo anular. Às vezes há distúrbio em vez de perda de

sensibilidade, que pode causar hiperestesia (sensação de formigamento)

e dor. As alterações tróficas podem ser aparentes nesta afecção.

Os movimentos repetidos sem o tempo adequado de recuperação

são responsáveis pela inflamação e edema do túnel do carpo. Demonstrou-se

que mais de oito ou nove repetições por minuto impedem o punho de ter

tempo suficiente para produzir o fluido lubrificante da articulação.

O atrito subseqüente, na ausência de lubrificação, causa edema

e lesões. O tecido lesado e edemaciado passa a exercer pressão

sobre o nervo mediano do túnel do carpo. Com o tempo, essa pressão

provoca atrofia do nervo e dos músculos do polegar e dos três primeiros

dedos (inervados por ele). A(s) mão(s) perde(m) parte de suas funções,

e a pessoa pode apresentar déficits irreversíveis.


Diagnóstico

O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos

sintomas característicos e na comprovação da compressão do

nervo por um exame chamado eletroneuromiografia; nesse exame

os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques

de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.

A confirmação do diagnóstico de síndrome do túnel do carpo pode

ser obtica quando a percussão sobre a projeção do ligamento carpal volar

é capaz de reproduzir a dor (sinal de tinel).

Os sintomas comuns a síndrome, como parestesias dos dedos,

podem ser reproduzidos mediante a flexão máxima do punho e a

manutenção do mesmo nesta posição por no mínimo um minuto

(teste de Phalen).


Prevenção

Não existe medida preventiva concreta para a Síndrome do Túnel do

Carpo, mas as pessoas devem se policiar a não realizar tarefas

repetitivas de flexão do punho.

Porém o uso de suplementos de vitamina B6 têm diminuído bastante

os sinais e sintomas de alguns pacientes, principalmente daqueles

com maior carência dessa vitamina – as gestantes e as

mulheres que utilizam anticoncepcionais orais, por exemplo.

Para indivíduos sem esse risco, entretanto, não existem

evidências sobre a eficácia desses suplementos. A dose

habitual é de 50-100mg por dia, durante pelo menos um mês.

Os anti-inflamatórios orais, e em casos mais severos os

corticosteróides orais ou injetáveis, podem ser utilizados.

Quando essas drogas não conseguem controlar o quadro,

a cirurgia torna-se a opção disponível. Cortando o ligamento

na base da palma da mão, o cirurgião reduz a pressão exercida

sobre o nervo. Entretanto, os sintomas podem voltar se o

indivíduo continuar realizando movimentos inadequados.


Orientação médica

Caso os sintomas persistam por alguns dias, deve-se procurar

um ortopedista para ser examinado, e podendo ser solicitado alguns

exames, para confirmar o diagnóstico e iniciado o tratamento,

menores serão as chances de precisar operar.

O tratamento conservador pode ser feito desde com anti-inflamatórios

e imobilização até injeção de corticóide. A maioria das pessoas

responde ao tratamento conservador, sendo o tratamento cirúrgico

para os casos refratários ao tratamento clínico.


Tratamento

Inicialmente, podemos orientar o uso de splints como forma de imobilização

da região do punho com tala facilmente colocada ou retirada com velcro.

Caso os sintomas persistam, o tratamento fisioterápico será essencial.

A diminuição do edema gerado pela inflamação das estruturas vizinhas

ao nervo mediano deverá ser o primeiro objetivo do tratamento fisioterápico

(a tendinite é a principal causa) por isso devemos utilizar o ultra-som

que possui princípios analgésicos e anti-inflamatórios acompanhados

de manipulações da região acometida.

A orientação quanto as atividades da vida diária (AVDs) devem

ser dadas privilegiando a biomecânica funcional do membro.

Exercícios de alongamento dos flexores dos dedos e do punho

sob orientação do profissional são benéficos para melhorar a função

e aumentar a formação de líquido sinovial auxiliando com isso, a

lubrificação dos tendões, bainhas e fáscias adjacentes

(tendões lubrificados diminuem o atrito entre as bainhas evitando a inflamação).

O mais importante é fazer intervalos durante a digitação,

diversificar os trabalhos e manter uma postura adequada.

A prevenção é o melhor remédio.


Referências Bibliográficas

KOUYOUMDJIAN, João Aris. Síndrome do Túnel do Carpo. Disponível em:
http://www.saudevidaonline.com.br/stc.htm. Acesso em 02.05.2004.

Túnel do Carpo. Síndrome do Túnel do Carpo. Disponível em:
http://www.jennerssa.hpg.ig.com.br/tunel.htm. Acesso em 03.05.2004.

Agenda Saúde - Matérias. Síndrome do Túnel do Carpo. Disponível em:
http://www.agendasaude.com.br/materias/index.asp?cod=217. Acesso em: 02.05.2004.

Lincx - Serviços de Saúde. Especialidade Médica - Síndrome do Túnel do Carpo. Disponível em: http://www.lincx.com.br/lincx/orientacao/esp_medica/sindrome_tunel.html.
Acesso em 30.04.2004.

Síndrome do Túnel do Carpo. Túnel do Carpo. Disponível em:
http://www.sbot.org.br/almanaque/sindrometunelcarpo.pdf. Acesso em 30.04.2004.


Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor.
- Publicado em 09/06/04