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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

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01
Dez

Sem catarata e sem óculos, é possível doutor?

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Não só é possível como também é desejável, porém como não existem dois seres humanos exatamente iguais, devemos partir do princípio que para se obter resultado nesta empreitada será necessário em primeiro lugar, uma boa seleção dos pacientes e dos olhos a serem operados.
 
Assim, é de bom senso que além da catarata e do defeito de visão que o acompanha (miopia, hipermetropia, astigmatismo, vista cansada), estes olhos não devam ter nenhum outro tipo de doença ocular como degeneração macular, glaucoma e/ou retinopatia diabética. Seguindo este critério, aproximadamente 20% dos candidatos à cirurgia da catarata não poderão fazer uso de lentes intraoculares (LIO) de tecnologia avançada.
 
Com o diagnóstico de catarata, o paciente deverá ser submetido a exames complementares para confirmar a saúde da córnea, cristalino, retina e nervo óptico. É muito importante  a realização do cálculo do grau (ou dioptria), além do modelo da LIO que será implantada. Este exame é a biometria por interferometria e é extremamente preciso.
 
Todos os pacientes são submetidos a um questionário sobre o seu estilo de vida como profissão, quanto tempo dirigem por dia, se para leitura preferem computador ou leitura tradicional como jornal, livros, etc., se praticam algum esporte e finalmente se gostariam de não utilizar correção óptica (óculos) para longe, para perto, nem para longe e nem para perto, ou se é indiferente à sua utilização.
 
Agora, temos o perfil do paciente e os possíveis modelos de LIO. A seguir, discutimos e recomendamos a melhor opção para o paciente.
 
A cirurgia será realizada com anestesia local frequentemente com sedação leve, em sistema de alta imediata e a cirurgia do outro olho em aproximadamente uma semana. No pós-operatório, a recuperação é quase imediata, porém não devemos esquecer que a cicatrização dos tecidos varia de indivíduo para indivíduo. A medicação do pós-operatório é constituída de colírios que previnem complicações e facilitam a recuperação do órgão.
 
Em nossa experiência pessoal e na literatura científica, em mais de 80% das cirurgias se consegue que o grau residual seja menor que 0.50, o que dá uma visão muito boa a todas as distâncias (longe, intermediária e perto).
 
Se a seleção de olhos e pacientes foi criteriosa, se os exames nos sugerem a LIO correta, se a cirurgia transcorreu sem intercorrência, o índice de satisfação é muito grande, pois o paciente tem uma qualidade de vida melhor que antes da cirurgia.
 
Todo paciente deve ser educado ou alertado sobre possíveis efeitos colaterais visuais, como a visão de halos e deslumbramento com luz vindo em sentido oposto. São de ocorrência pouco frequente e geralmente temporários. Para leitura é necessário iluminação, do contrário o paciente poderá ter a sensação de que a correção não foi total.
 
Em resumo, a moderna cirurgia de catarata pode, na maioria das vezes, recuperar a visão perdida com a doença e simultaneamente corrigir outros problemas de visão eliminando definitivamente o uso de óculos, pois algumas pessoas se incomodam muito com o uso de óculos e sua eliminação ou diminuição da dependência dos mesmos melhora a autoestima.
 
Dr. Virgílio Centurion- CRM-SP 13.454
 
Oftalmologista, director clínico do IMO, Instituto de Moléstias Oculares, membro da ALACCSA, Associação Latino-Americana de Cirurgiões de Córnea, Catarata e Cirurgias Refrativas, council da International Society of Refractive Surgery of the American Academy of Ophthalmology.
 
CONTATO:
 
Site: http://www.imo.com.br/home.aspx