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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Conjuntivite
Escrito por Dra. Maria Cristina Nishiwaki-Dantas

stockxpertcom_id3454131_jpg_31a85117dcaefe13567d144d2584b463O que é a conjuntivite?

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva (olhos).

Quais são as causas?

Diferente do que muitos imaginam, conjuntivite não é sempre igual e pode ter inúmeras causas.

As mais comuns são as conjuntivite virais, altamente contagiosas.

Podem ser também bacterianas, alérgicas, tóxicas e medicamentosas.

Quais os sintomas?

Depende da causa. Uma característica comum é o olho vermelho. Na conjuntivite viral, geralmente o paciente fica com um olho vermelho e com lacrimejamento e depois de uns 3 a 4 dias, o outro olho também é afetado. Em casos graves, quando dura mais do que os convencionais 10 a 14 dias, pode acometer a córnea (é a “janela” do olho) e a visão pode ficar embaçada.

Na conjuntivite bacteriana, a queixa é de secreção amarelada em um olho e não dura mais do que 5 a 7 dias.

A conjuntivite alérgica não é infecciosa e portanto, não é transmissível. O paciente queixa-se de muita coceira nos olhos, principalmente quando tem contato com pó ou pólen.

Na conjuntivite tóxica ou medicamentosa, o paciente refere apenas que está sempre com os olhos vermelhos e que usa alguma medicação de uso contínuo, como colírios para glaucoma.

Como é feito o contágio?

A conjuntivite viral é altamente contagiosa. O contágio é feito por contato direto, isto é, colocar as mãos contaminadas diretamente nos olhos, entretanto, assim como no resfriado comum, o contágio pode ser feito até pelo ar.

A conjuntivite bacteriana é transmitida pelo contato direto das mãos contaminadas nos olhos.

As demais formas de conjuntivite não são contagiosas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico feito pelo médico oftalmologista. Dificilmente é necessário algum exame subsidiário para confirmar o diagnóstico da causa da conjuntivite.

Há prevenção? Quais são as recomendações para prevenir o contágio?

A prevenção das conjuntivites infecciosas (bacteriana e viral) é feita evitando-se o contato direto. O paciente deve ficar afastado do trabalho ou da escola pelo tempo de contágio (7 a 14 dias na conjuntivite viral). Deve separar objetos de uso pessoal (toalha de rosto, travesseiro), evitar sair de casa, evitar aperto de mão, beijo no rosto, abraço ou qualquer forma de contato direto. Não usar lenços de tecido para secar os olhos, se for necessário, usar lenços de papel e descartá-los imediatamente após o uso, lavar sempre as mãos e evitar colocar as mãos nos olhos.

Há tratamento?

A conjuntivite viral é como se fosse um “resfriado” nos olhos, portanto o tratamento é apenas sintomático com compressas de água limpa fria (evitar água boricada, soro fisiológico) e lágrimas artificiais também geladas. Evitar uso de colírios a base de corticóides porque podem prolongar o curso da conjuntivite e aumentar o risco de complicações.

A conjuntivite bacteriana é tratada com colírio de antibiótico por 5 a 7 dias.

A conjuntivite alérgica deve ser tratada continuadamente com colírios anti-alérgicos (são vários e, preferencialmente devem ser prescritos pelo médico oftalmologista). O paciente deve ser orientado a manter-se afastado do alergeno (geralmente o ácaro presente no pó doméstico, “mofo”, pólen das plantas) usando travesseiro anti-ácaro, protetor antiácaro para colchão, evitar uso de cortinas de tecido, carpete e tapete no quarto de dormir, retirar bichos de pelúcia, livros e revistas do quarto. Colírios com corticóide devem ser evitados e somente utilizados em casos graves e sob controle rigoroso do oftalmologista.

Na conjuntivite tóxica ou medicamentosa, o ideal é discutir a possibilidade de suspender ou trocar a medicação que está causando a conjuntivite.

conjuntiviteviral

Conjuntivite viral

conjuntivitealergica

Conjuntivite alérgica

conjuntivitebacteriana

Conjuntivite bacteriana


Fotos: Dra. Maria Cristina Nishiwaki-Dantas

Dra. Maria Cristina Nishiwaki-Dantas possui Doutorado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo e atua como diretora de departamento de Oftalmologia - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, segunda vice-presidente do Centro de Estudos Oftalmológicos Jacques Tupinambá, co-orientadora da pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo e coordenadora da residência médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo..

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