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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Como tratar problemas da vesícula biliar



IntroduçãoCerca de 20 milhões de norte-americanos convivem com cálculos biliares e outros distúrbios da vesícula biliar, mas somente uma pequena porcentagem sente os sintomas da vesícula, e uma quantidade ainda menor tem problemas recorrentes. Ninguém sabe o que causa a colecistopatia. Diversos fatores, como hereditariedade, dieta, hormônios, sobrepeso e infecções, provavelmente têm uma grande influência. Os termos médicos para a colecistopatia são colelitíase, que se refere aos cálculos biliares, e colecistite, que se refere à inflamação da vesícula. Nesse artigo, examinaremos os diversos distúrbios da vesícula biliar e reveremos as várias opções de tratamento disponíveis. Vamos dar início falando do órgão propriamente dito. A vesícula biliarA vesícula biliar é um saco pequeno, muscular, em formato de pêra, bem abaixo do lado direito do fígado. Pode suportar cerca de 50 ml de bile, um material produzido pelo fígado. A bile é constituída de água, sais biliares e ácidos, colesterol e fosfolipídeos (compostos que ajudam a dissolver as gorduras). Sua função principal é ajudar a dissolver a gordura em pedaços menores - o primeiro passo da digestão da gordura. Agora, vamos investigar algumas complicações que podem levar a problemas da vesícula biliar. Cálculos biliares Os cálculos biliares são massas endurecidas que consistem principalmente de colesterol, sangue, bile (líquido produzido no fígado e armazenado na vesícula), cálcio e outras substâncias. As pedras se formam na vesícula ou no ducto biliar, que leva ao intestino delgado. Causas: quando a bile contém uma quantidade excessiva de colesterol, o colesterol desnecessário se separa da solução e forma massas semelhantes a pedras. Infelizmente, como o próprio corpo produz colesterol, a formação desses tipos de pedras nem sempre consegue ser evitada simplesmente com o controle do consumo de colesterol na dieta.
Os cálculos biliares podem se formar na vesícula ou no ducto biliar e causar inflamação da vesícula ou lesão do fígado se bloquearem o fluxo da bile da vesícula até o intestino delgado
Gravidez, obesidade, diabetes, hepatopatia e certas formas de anemia podem aumentar o risco de cálculos biliares. Por alguma razão, as pessoas que estão acima do peso, ou que alternam perda e ganho de peso parecem mais suscetíveis aos cálculos biliares, assim como as mulheres que já tiveram mais de dois filhos. Embora as razões não sejam claras, mulheres com mais de 40 anos desenvolvem cálculos biliares duas vezes mais do que homens na mesma faixa etária. Não é comum a ocorrência de cálculos em jovens. Sintomas: os cálculos biliares, sozinhos, geralmente não dão sinais de doença. Cerca da metade das pessoas com cálculos não apresenta sintomas. Os sintomas que aparecem geralmente são crônicos (prolongados), incluindo desconforto e dor na parte superior do abdome, indigestão, náusea e intolerância a alimentos gordurosos. Às vezes, os cálculos biliares podem passar pelo ducto biliar nos intestinos para serem excretados naturalmente. No entanto, podem ocorrer sintomas quando uma pedra fica presa no ducto. Em uma crise de dor aguda na vesícula (chamada pelos médicos de cólica biliar), uma dor forte (geralmente no lado superior direito do abdome) pode irradiar até as costas, embaixo da escápula do ombro direito. Freqüentemente, a dor se desenvolve de repente após uma refeição e leva à febre, calafrios, vômito e possivelmente icterícia. Complicações: pode ser que haja complicações graves da lesão no fígado se os cálculos biliares ficarem alojados entre a vesícula e o intestino delgado e bloquearem o fluxo da bile. Quando os cálculos ficam na vesícula, o órgão pode inflamar. Os pacientes que apresentam essa inflamação, chamada de colecistite crônica, podem ter alguns ou nenhum sintoma. Entretanto, na maioria dos casos, ocorrem crises repetidas de dor. Diagnóstico: os cálculos biliares que não provocam sintomas podem ser detectados através de ultra-som. Foram desenvolvidos alguns estudos que utilizam isótopos radioativos para diferenciar a colecistite aguda da crônica. Tratamento: para as cólicas agudas da vesícula, que são provocadas pelos cálculos biliares e que causam sintomas graves e prolongados, os médicos geralmente recomendam uma colecistectomia (remoção cirúrgica da vesícula biliar). Esse procedimento é um dos tipos de cirurgia abdominal realizados com mais freqüência. Uma técnica chamada vídeo-laparoscopia pode ser utilizada para a retirada da vesícula sem que haja necessidade de uma cirurgia a céu aberto, quando a incisão cirúrgica é grande. Na cirurgia laparoscópica, faz-se uma pequena incisão para a passagem de um vídeo-laparoscópico que é um tubo com uma câmera por onde o cirurgião vê, permitindo que realize o procedimento com somente uma pequena incisão.
Outros métodos não-cirúrgicos para a retirada dos cálculos biliares, incluindo terapia com medicamentos e substâncias químicas, além de litotripsia (o uso de ondas de choque para quebrar as pedras), foram testados com graus variados de sucesso. Os critérios de uso desses métodos, entretanto, são muito restritos. A remoção cirúrgica da vesícula ainda é o método escolhido na maioria dos casos. Como a vesícula não é um órgão indispensável, alguns médicos sugerem sua remoção quando há cálculos, mesmo que eles não estejam causando nenhum sintoma evidente. Icterícia A icterícia é uma coloração amarelada da pele, dos olhos, das membranas mucosas e de outros tecidos do corpo causada pelo acúmulo do pigmento biliar, a bilirrubina, no sangue. A bilirrubina consiste principalmente da hemoglobina (um pigmento que carrega oxigênio) dos glóbulos vermelhos que morrem, que é metabolizada e excretada na bile, líquido que ajuda na digestão dissolvendo a gordura. A bile é secretada pelo fígado, armazenada na vesícula biliar e descarregada no intestino delgado quando é necessária para a digestão. Causas: em muitos casos, a icterícia ocorre quando uma obstrução impede que a bile seja liberada no intestino delgado. A obstrução pode ser causada por cálculos biliares, tumores ou parasitas nos ductos biliares. A icterícia também pode ser sinal de hepatite, em que o fígado, lesado ou inflamado, não consegue processar a bilirrubina que recebe. Ocasionalmente, a icterícia ocorre se os glóbulos vermelhos forem destruídos com muita rapidez e o fígado não conseguir metabolizar o excesso de pigmento. A icterícia também está associada a doenças em que o funcionamento do fígado é prejudicado, incluindo várias formas de câncer e certas infecções por vírus e parasitas. Mais de 50% dos recém-nascidos e 80% dos prematuros apresentam sinais de icterícia após o terceiro dia de nascimento. Na maioria desses casos, a condição não é preocupante e desaparece cerca de uma semana depois, às vezes, com o auxílio de tratamento caseiro com banhos de luz ultravioleta. Sintomas: geralmente, quando ocorre icterícia, o fígado também está aumentado de tamanho com dificuldade de realizar suas funções metabólicas que são muitas e fundamentais para o bom funcionamento do corpo. As fezes podem ter coloração escura e a urina, variar de amarela calra a esverdeada. A cor da pele fica amarelada.
Diagnóstico: exames de sangue de rotina determinarão a origem de alguns casos de icterícia, mas, geralmente, é necessário examinar os ductos biliares por meio de ultra-som e de tomografia computadorizada. A CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica) é um exame endoscópico usado para identificar cálculos biliares, inflamação do pâncreas ou obstrução dos ductos biliares. Ele é realizado passando-se um endoscópio (um instrumento flexível e com iluminação semelhante a um tubo) pela boca, passando pelo esôfago, estômago, chegando ao duodeno (a primeira parte do intestino delgado). Um pequeno tubo flexível é inserido na abertura do ducto biliar, e introduz-se um contraste. Os raios X são imediatamente tirados. Também é possível obter amostras da bile para teste dessa maneira. Durante esse procedimento, o paciente fica sedado, mas não sob anestesia geral. Geralmente, a pessoa vai para casa no mesmo dia ou no dia seguinte, dependendo da condição subjacente que causou a icterícia. Tratamento: pode ser que a cirurgia da vesícula biliar seja necessária se houver uma obstrução. Mas, por outro lado, o tratamento depende da condição subjacente. Assim como a icterícia, a colecistite é um distúrbio da vesícula biliar que pode ser causada pelos cálculos biliares. Trataremos na próxima seção da colecistite aguda e crônica. Esses dados são apenas informativos. ELES NÃO TÊM O OBJETIVO DE PROPORCIONAR ORIENTAÇÃO MÉDICA. Nem os editores de Consumer Guide (R), Publications International, Ltd., nem o autor, nem a editora se responsabilizam por quaisquer conseqüências possíveis oriundas de tratamento, procedimento, exercício, modificação alimentar, ação ou aplicação de medicação resultante da leitura ou aplicação das informações aqui contidas. A publicação dessas informações não constitui prática de medicina e elas não substituem a orientação de seu médico ou de outros profissionais da área médica. Antes de se submeter a qualquer tratamento, o leitor deve procurar atendimento médico ou de outro profissional da área da saúde.

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