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domingo, 12 de abril de 2009

HÉRNIA DE HIATO OU HÉRNIA HIATAL

Fisiopatologia

Ocorre quando a fragilidade do diafragma, congênita ou adquirida, permite que parte do estomago force o diafragma e invada o hiato esofagiano, causando o refluxo do conteúdo gástrico e provocando conseqüentemente esofagite.

Tratamento

A terapêutica medicamentosa consiste no emprego de agentes bloqueadores colinergicos, pra reduzir o esvaziamento gástrico e de antiácidos, para neutralizar as secreções gástricas. Quaisquer fatores que possam aumentar a pressão intra-abdominal provocam a herniacao de parte do estomago através do hiato. É o caso da obesidade, da tosse crônica, dos esforços na defecação e de roupas muito apertadas.

A correção cirúrgica é indicada para casos graves ou para aqueles nos quais o tratamento clinico resulte ineficientemente no abrandamento dos sintomas.

Dietoterapia

São prescritas seis pequenas refeições com alimentos indicados para uma dieta branda, restrita em fibra para prevenir a distensão gástrica. Maior quantidade de líquidos poderia ser dada entre as refeições, enquanto que os permitidos na hora das refeições seriam dados em pequenos tragos.

A ingestão de gordura deve ser controladas, porque as refeições gordurosas reduzem a pressão esofágica inferior. Os líquidos que irritam a mucosa esofágica tais como os sucos de laranja, de grapefruit e de tomate são eliminados da dieta. O álcool é proibido.

Implicações com a enfermagem

1 – Os pacientes devem evitar comer, pelo menos duas horas antes e de irem para cama. Deve-se planejar a distribuição da dieta de modo a prevenir a hipoglicemia matinal, dando-se uma quantidade de proteína suficiente, na ultima refeição do dia.

2 – Fornecer alimentos laxativos, para prevenir a constipação, que leva ao esforço da defecação e conseqüente aumento da pressão intra-abdominal.

3 – Aconselhar a ingestão de líquidos entre as refeições, para ajudar a prevenir a constipação.

4 – Avaliar o consumo de alimentos, para que haja taxa adequada de vitamina C, cujo déficit é possível, pela ausência de sucos cítricos e de tomate.

domingo, 5 de abril de 2009


Fatores Psicológicos

Antes de falarmos sobre a tristeza, precisamos definir os tópicos que distinguem este sen- timento da depressão

A tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano. Todas as pessoas estão sujeitas a tristeza. É a ausência de satisfação pessoal quando o indivíduo se depara com sua fragilidade. Enquanto a depressão é a raiva e a vingança digerida na pessoa. Na prática, é uma tentativa de devolver para os outros o que existe de pior em si.

A raiva existente na depressão é resultado da total falta de vitalidade e motivação. Existe também uma infantilização, onde o indivíduo induz o ambiente a ampará-lo e dedicar atenção exclusiva a ele. A depressão inibe a coragem de enfrentar os desafios; regride a busca do prazer e contamina o ambiente a sua volta.

A tristeza não chega aos limites citados na situação depressiva. Pelo contrário, é uma ferramenta valiosa para avaliação das metas de vida. Na infância, o modo de encarar a tristeza será definitivo para estabelecer a personalidade adulta.

Infelizmente, na cultura ocidental não valoriza-se os aspectos emotivos. Assim, um indivíduo se desenvolve crendo que a tristeza é um sentimento negativo, que fragiliza e expõe a personalidade. Por exemplo, uma pessoa insatisfeita num âmbito social sente-se triste, mesmo não tendo uma concepção nítida do que é a tristeza. Neste momento cria-se uma dívida com o próprio passado; o elemento sente que poderia ter aproveitado melhor as outras oportunidades que teve, e que agora o fazem um homem fracassado.

O descaso com os valores humanos acabam por expor o homem contemporâneo ao negativismo, e a busca excessiva pelos bens materiais e status social, compensa a carência sentimental, mas por outro lado, contamina e deturpa a noção de humanismo. Neste caso, a tristeza é apenas uma bússola que aponta a área emotiva mais afetada. Porém, outros sentimentos como o medo e a inveja funcionam como um alerta ao modo de vida desumano. A aceitação do fracasso e da fragilidade fica comprometida, já que o indivíduo direciona o motivo dos seus insucessos a outras causas, quando na verdade seriam apenas conseqüências. Portanto, fica claro que existe uma "auto-sabotagem".

O egoísmo exacerbado, no qual o homem é induzido desde a infância, produz um vazio pessoal. Porém, o bem-estar esta diretamente ligado a satisfação alheia. Se não houver a solidariedade, ou seja, a profunda preocupação com o próximo, o citado "vazio da personalidade" irá expandir-se. A tristeza ocupa este espaço e desmotiva o indivíduo a dar continuidade na busca de qualquer outro valor.

Outro fator que fortemente desencadeia a tristeza é a recusa. A dificuldade em aceitar o "não" torna-se desmotivante e abala a auto-estima. Por outro lado, a rejeição e a incapacidade frente a alguns obstáculos leva a quadros mais sérios e profundos da tristeza.

Várias correntes de discussão psicológica determinam os ganhos secundários do estado de sofrimento. É notório que o indivíduo que sofre, desperta comoção no ambiente, neste caso a atenção dispensada por outros faz com que o indivíduo sinta-se acolhido. Cultivar a tristeza é apenas fazer a manutenção desse estado de atenção e acolhimento despertada, é manter-se afastado e protegido da competitividade e ambição que norteiam a sociedade contemporânea. Mas na maioria das vezes, a solidariedade e o altruísmo são hipócritas, porque a necessidade da auto-superação e status social faz com que o sentimento de comoção seja verdadeiro, mas o apoio sincero é substituído pelo prazer na derrota alheia. Assim, esta afirmação é concretizada pelo fato de que o assistencialismo não supre as carências afetivas; é apenas um retórico inconsciente que absolve a obrigação da solidariedade.

Geralmente os indivíduos que sofrem de tristeza tem como característica básica de personalidade, impor a sua solidão pessoal para todas as pessoas que encontrarem no decorrer de suas vidas; como uma vingança contra seu sentimento que o martiriza. Assim, tornam-se retraídas, ciumentas e possessivas. Na questão sentimental, impõem ao parceiro uma eterna espera pela doação de seu lado afetivo.

Embora muitas vezes sofremos com determinados relacionamentos, sabemos que a perda pode nos custar ainda mais caro. O maior obstáculo para qualquer tipo de mudança é a desconfiança quase que absoluta em nosso potencial, gerando um receio imenso sobre se conseguiremos construir algo; se os ventos estarão ou não a nosso favor; se o destino ainda poderá nos reservar um mínimo de satisfação perante todo o pesadelo diário em que muitas pessoas vivem.

A face da tristeza

Quando uma pessoa está triste, percebe-se um certo alongamento na face como se estivesse sendo puxada para baixo. A cabeça pode inclinar-se um pouco em um dos ombros. Além disso, geralmente a pessoa tem o rosto pálido e sem cor. Surgem também rugas horizontais na testa. Os cantos interiores das sobrancelhas se erguem, e as pálpebras superiores podem se abaixar. Unida a esse conjunto, a boca tem os seus cantos levemente caídos. Quando o queixo se eleva fica ainda mais marcante a descida da boca.