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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

GRAVIDEZ

Vitamina Importante
na Gravidez
Ácido Fólico

As vitaminas são indispensáveis na vida dos seres

humanos. São nutrientes reguladores, pois juntamente

com as enzimas, controlam as reações químicas do

corpo, sendo portanto indispensável para o bom

desempenho das funções orgânicas. O organismo

humano, necessita diariamente da ingestão de

vitaminas, para suprir e prevenir o desenvolvimento

de alguns males congênitos. Na gravidez, as mulheres

devem tomar bastante cuidado com a falta de ingestão

de vitaminas.

A principal delas é a vitamina B12, cujo

nome científico é cianocobalamina, pertencente ao

grupo das vitaminas do complexo B fundamental

para o desenvolvimento de uma boa gravidez.

O ácido fólico (vitamina do complexo B,

também denominada folacina ou folato), é uma

das vitaminas que mais garante a saúde da mãe

e o desenvolvimento do bebê. É responsável

pela síntese de ácidos nucléicos (substâncias

que produzem proteínas, tecidos, e também o

código genético, como o DNA, pôr exemplo).

A simples suplementação de ácido fólico

três meses antes de engravidar (as divisões

celulares ocorrem nas primeiras semanas de gravidez)

e nos três primeiros meses já na gravidez, são

o suficiente para reduzir em até 70% problemas,

como a chamada Espinha Bífida.

Espinha bífida(um dos principais problemas

durante a gestação) é um defeito congênito

caracterizado pela formação incompleta da

medula espinhal e das estruturas que protegem

a medula, cindindo a espinha. Isso ocorre no

primeiro mês de gravidez, quando a medula,

então em processo de formação, não se fecha

corretamente, fazendo com que o bebê apresente os

nervos expostos e as vértebras problemáticas.

Em resumo, a espinha bífida engloba uma

série de malformações, sendo a mais comum a

mielomeningocele, na qual há uma protusão

cística contendo tecido nervoso exposto não

coberto por pele. A gravidade das seqüelas

físicas decorrentes desta deficiência congênita

depende da localização de lesão na medula.

Quanto mais alta, maior será o número de

nervos afetados. Poderá ocorrer a perda do

controle da bexiga e do intestino. A função

intestinal poderá ser controlada através de

uma dieta alimentar adequada, do uso de

medicação específica e de treinamento.

As crianças portadoras de espinha

bífida podem apresentar

dificuldades de coordenação,

aprendizado, controle muscular e mobilidade

além de necessitar de tratamentos ortopédicos

e fisioterapia pôr longos períodos, com a finalidade

de fortalecer os músculos e evitar o

surgimento de problemas particulares.

Diversos estudos apontam ainda a relação entre a

deficiência do ácido fólico com leucemia,

doenças mieloproliferativas, anemia perniciosa,

perda de apetite, mal-estar, lábios leporino, fenda

no palato, além de problemas cardíacos.

A importância do Ácido Fólico

na

prevenção

da Síndrome de Down

Prevenir é o melhor para quem quer ter uma

gravidez sem risco. Os médicos garantem que a

precaução pode reduzir o risco de gerar bebês

com Síndrome de Down(SD). Dados de

pesquisa recente sobre o comportamento

da enzima Metilenotetrahidrofolato

redutase (MTHFR),responsável pela metabolização

do ácido fólico no organismo humano, atestam

este fator. Segundo o estudo, as mutações no

gene da enzima resultam em menor atividade

funcional e reduzem a quantidade de ácido fólico

disponível

para a duplicação celular. Muitas vezes, explica,

as mulheres iniciam a suplementação

vitamínica após as primeiras semanas de

gestação, o que não seria adequado, pois as

alterações no feto ocorrem no início da gravidez.

O estudo contemplou um grupo de 88 mães

que tiveram seus filhos normais e sem histórico

de abortos e outros compostos de 70

mulheres em que os bebês nasceram com

a Síndrome. Segundo o estudo, o grupo das

mães portadoras da anomalia possui proporção

maior de mulheres com mutações enzimáticas,

se comparado às mulheres com filhos normais.

Por isso, os resultados levaram a constatar

que as portadoras das mutações têm nove vezes

mais probabilidade de ter filhos com SD por

produzirem menor quantidade de ácido fólico.

Nas mulheres com idade superior a 35 anos,

o risco fica em torno de cinco ou seis vezes a

população em geral. O déficit de vitamina

interfere na produção do DNA que, ao ser

duplicado no processo de divisão celular, não

é distribuído de modo igualitário entre as

diversas células filhas. Desta forma, a separação

dos cromossomos nas primeiras divisões celulares

do embrião ocorre de forma inadequada,

levando uma célula a permanecer com um

cromossomo 21 extra e outra com menos um

deste par cromossômico. O embrião que fica

com o cromossomo excedente resultará numa

criança com Síndrome de Down. A incidência da

Síndrome de Down, em mulheres aumenta

com a idade.

Onde encontrar o

Ácido Fólico?

É encontrado nos suplementos de vitaminas

e minerais. Os alimentos ricos em folatos

são encontrados com abundância nos vegetais

de folhas verdes e em pequena quantidade em

muitos outros alimentos vegetais, e na

totalidade dos alimentos de origem animal.

Vale ressaltar que o folato se perde na

estocagem e no cozimento, tornando a suplementação

sob a forma de cápsulas (muitas encontradas

em postos de saúde) o meio mais seguro

de prevenção. São encontrados também nas frutas

cítricas, os cereais, os alimentos como fígado,

brócolis, espinafre, gema de ovo, feijão, peixe,

cenoura, amendoim, leite, ervilha, couve, morango

e as castanhas.

A simples suplementação de ácido fólico

três meses antes de engravidar e nos três

primeiros meses já na gravidez, são o suficiente

para reduzir em até 70% problemas,

como a chamada Espinha Bífida. Segundo

estudo, os resultados levaram a constatar

que as portadoras das mutações têm nove

vezes mais probabilidade de ter filhos com

SD por produzirem menor quantidade de

ácido fólico.

Bibliografia:

Revista Viver Nutrilife - Ano 1-nº 3
Biologia Hoje-vol 2 Sérgio Linhares e Fernando

Gewandsnajder/ Editora Ática